domingo, 19 de dezembro de 2010

Pernambuco pode tirar do Ceará fábrica de ônibus a hidrogênio

19/12/2010 - Diário do Nordeste - Egídio Serpa 

Pernambuco corre para conquistar a fábrica de ônibus a hidrogênio que a canadense Ballard quer implantar no Brasil. Diretores da Ballard tratam do assunto diretamente com o governador Eduardo Campos, que é do mesmo PSB do seu colega cearense Cid Gomes. O Ceará conversa com a Ballard há um ano, tendo inclusive enviado ao Canadá uma técnica que conheceu a Ballard e seus projetos. Os ônibus movidos c células a hidropgênio já circulam em grandes cidades da América do Norte e da Europa. Enquanto o Ceará quer comprar 10 ônibus – a um custo de R$ 1,5 milhão cada, Pernambuco quer encomendar 30 ônibus, desde que a Ballard implante sua fábrica brasileira lá em Suape. A propósito: depois de cumprir com êxito todos os testes, entrou em circulação quinta-feira, 16, em São Paulo, o primeiro ônibus brasileiro a hidrogênio, construído pela gaúcha Tuttotrasporti. O chassis é brasileiros, mas a tecnologia é da Ballard.





quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Primeiro ônibus elétrico híbrido a etanol está pronto para a Cúpula do Mercosul

16/12/2010 - Jornal O Farol

Foto: Márcio Massakiti/Itaipu Binacional - Protótipo foi desenvolvido pela Itaipu e empresas parceiras e será utilizado pela primeira vez pelo presidente Lula.




primeiro #ônibus híbrido a etanol da América Latina #mascarello

Itaipu e empresas parceiras desenvolveram, em apenas quatro meses, o primeiro ônibus elétrico híbrido com motor a combust&at ilde;o movido a etanol (OEHE) do mundo. O protótipo integra o Projeto Veículo Elétrico (VE), da binacional, e será utilizado pela primeira vez nesta quinta-feira (16), quando passageiros subirão a bordo do ônibus. Entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 11 chefes de Estado da América do Sul, participantes da 40ª Cúpula de Presidentes do Mercosul e Estados Associados – Cúpula Ñandeva, que acontece em Foz do Iguaçu até sexta-feira (17).

Neste curto período, os especialistas passaram pelas etapas de conceituação, desenvolvimento, construção e validação do OEHE. O protótipo permite aliar a alta eficiência do motor elétrico com os benefícios ambientais do etanol. O objetivo é contribuir com a redução dos gases geradores do efeito estufa e otimizar a diversificação do uso de energia limpa e renovável. 

A iniciativa também pretende motivar o desenvolvimento de veículos ambientalmente corretos para utilização na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

Parceria

Cada empresa parceira do projeto foi responsável por um componente específico para a construção do veículo. A Eletra coordenou as principais etapas do projeto, desde os acertos contratuais até a entrega do ônibus para Itaipu. A Mitsubishi Motors do Brasil forneceu o motor a combustão V6, de tecnologia flexfuel. No caso do OEHE, é utilizado exclusivamente o etanol, combustível renovável proveniente de biomassa que captura dióxido de carbono durante o crescimento da planta (cana-de-açúcar).

Os ajustes necessários para o perfeito funcionamento do motor a combustão no OEHE foram feitos pela Magnet Marelli, empresa fornecedora do sistema de injeção eletrônica dos motores Mitsubishi com tecnologia flexfuel.

O motor a combustão interna fornece energia mecânica ao gerador elétrico fornecido pela WEG Equipamentos Elétricos, que participou também com o fornecimento do motor elétrico refrigerado a água e com o inversor de tração equipado com frenagem regenerativa, equipamentos especialmente desenvolvidos para esta aplicação e vitais para o bom funcionamento do veículo.

A carroceria foi construída pela Mascarello, utilizando a configuração interna de ônibus urbano Low Entry. Porém, sempre privilegiando o conforto e a segurança dos usuários, além da adequação para receber todos os equipamentos elétricos e mecânicos necessários em um veículo híbrido.

O chassi fornecido pela Tutto Trasport faz o papel de estruturação do veículo, oferecendo muito conforto aos usuários a partir da suspensão pneumática, que pode ser rebaixada para melhorar o acesso dos passageiros ao interior do veículo.
O sistema eletrônico de ar-condicionado fornecido pela Euroar tem papel essencial e fundamental, já que o OEHE não tem janelas, seguindo as tendências mundiais de design e aerodinâmica.

Com t odos os comp onentes funcionando em perfeito sincronismo, o OEHE demonstra ser um veículo confortável e com baixos níveis de emissão de ruído e de gases poluentes. O desempenho energético foi otimizado pelo fato de as baterias de cloreto de sódio possibilitarem o recarregamento por meio de tomadas convencionais de 220 V.

O recarregamento das cinco baterias é feito em um tempo máximo de 8 horas e, quando carregadas, fornecem tensão de 600V e corrente de 32Ah, tendo como resultado uma capacidade de armazenamento energético de 100 kWh. A autonomia calculada é cerca de 300 km, considerando a operação em percurso típico de corredor.

Descri ção de Funcionamento 

Durante as acelerações, o sistema eletrônico de controle autoriza o motor elétrico de tração a utilizar a energia proveniente do gerador elétrico e das baterias para colocar o veículo em movimento.

Nas condições de veículo parado, descidas ou velocidade de cruzeiro, o gerador elétrico não fornece energia para o sistema de tração, pois o sistema de gerenciamento de energia identifica uma condição de baixa requisição carga e direciona a energia excedente para recarregar as baterias.

Nas frenagens, o motor elétrico se transforma em um gerador e parte da energia cinética do veículo é recuperada para recarregar as baterias. Este função é conhecida como “Frenagem Regenerativa”.

A combinação das duas formas de recarga proporciona o acréscimo na autonomia do OEHE, dependendo do perfil topográfico e da forma de condução do veículo
O OEHE pode ser operado também no modo puramente elétrico, ou seja, a tração será alimentada somente pelas baterias de tração desde que estas tenham sido carregadas previamente em uma tomada convencional 220 V. Nesta condição, o veículo tem autonomia máxima de até 60 km.

Em condições de emergência, o OEHE também esta apto a operar somente com a energia proveniente do grupo gerador composto pelo motor a combustão e o gerador elétrico. Nestas condições, o desempenho será limitado em função da potência disponível no sistema. 

Desta forma, OEHE está pronto para atender a demanda do transporte brasileiro de forma limpa e segura, oferecendo alto nível de tecnologia embarcada.

Ficha Técnica

Chassi
• Fabricante: Tutto
• Tipo: Low entry 13 metros 
• Numero de eixos: 3

Carroceria
• Fabricante: Mascarello
• Tipo: Gran Via – Low entry
• Numero de portas: 3
• Capacidades:
o Passageiros sentados: 34 mais cadeirante
o Passageiros em pé: 57
• Iluminação interna e externa: com LED’s
• Acessórios:
o Monitor de LCD 22”
o Ar condicionado
o Tomadas internas de 127Vac/60Hz

Grupo motor gerador - Motor de combustão interna
• Fabricante: Mitsubishi
• Tipo: 6G74
• Combustível: Gasolina e Álcool (FLEX)
• Cilindros e cabeçote: V6/ 24 válvulas / SOHC
• Cilindrada: 3.497 cc
• Alimentação: Injeção eletrônica multiponto seqüencial
• Potência à 3600rpm contínuo: 125Kw
• Torque máximo (k gf.m@rpm) Álcool: 33,5 @ 3500
&a mp;bu ll; Peso (kg): 193.

Grupo motor gerador - Gerador
• Fabricante: WEG
• Modelo: GTA 200
• Tipo: Síncrono tipo “Brushless”
• Potência nominal (kVA): 130
• Rotação (RPM): 3600 

Baterias de tração
• Fabricante: Zebra – Fornecedor Itaipu
• Tipo/modelo: Z37-620-ML3X-32.
• Capacidade (Ah): 32
• Energia (kWh): 19,8
• Máxima corrente de descarga (A): 112

Inversor de tração/DBW frenagem (Dynamic Break WEG)
• Fabricante: WEG
• Tipo: CFW-09 0533
• Controle: Vetorial com encoder
• Tensão de entrada (Vdc): 400 à 750
• Corrente nominal (A): 533
• Sobrecarga por 1 minuto (A): 799.5

Mot or elétrico de tração
• Fabricante: WEG
• Tipo: Assíncrono trifásico para tração
• Potência Nominal (kW): 165 
• Potencia máxima por 1 minuto (kW): 330 
• Numero de pólos: 04 
• Rotação Base e Máxima (RPM): 1800 / 3600
• Modo de resfriamento: água
• Forma construtiva: B3E 
• Carcaça: 250L

Inversor sistema auxiliar
• Fabricante: WEG
• Tipo: CFW-09 0030
• Controle: PWM senoidal
• Tensão de entrada (Vdc): 400 a 750
• Corrente nominal (A): 30

Aparelho de ar condicionado
• Fabricante: Euroar
• Tipo: E140 T
• Potencia (BTU’s/H): 140.000
• Fluido refrigerante: R134a (3,9kg)
• Vazão de ar no salão: 5400m³/h
• Ruído (dB A): <67

Crédito da foto: Márcio Massakiti/Itaipu Binacional

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Exposição resgata memória do ônibus

22/11/2010 - Urbana PE
 
Criar um movimento no sentido de estimular a preservação da memória do transporte por ônibus no Brasil. Com esta ideia, Antonio C. Kaio Castro deu vida ao 1º Clube do Ônibus Antigo Brasileiro, em 2005. O que teve início timidamente no pátio da Expresso Redenção, com apenas oito veículos, hoje conta com um número aproximadamente seis vezes maior de modelos participantes e pode resultar na implantação de um museu.

O projeto deu tão certo que a organização se sentiu na obrigação de estender o espaço da exposição também para caminhões. “Levamos em conta que todo empresário de ônibus começou sua vida profissional com caminhão ou possui um modelo antigo guardado em seus galpões”, ressalta Kaio.

A quinta edição do evento aconteceu neste fim de semana no Memorial da América Latina, em São Paulo, e reuniu 26 unidades de ônibus e jardineiras, 22 caminhões e quatro caminhonetes de variadas montadoras. Além disso, o clube cedeu espaço para que colecionadores e miniaturistas expusessem suas raridades. A previsão inicial era ultrapassar o número de visitantes do ano passado, que chegou a cinco mil pessoas.

Laudelino Gimenes, primeiro motorista da Viação ABCQuem teve a oportunidade de comparecer ao evento “Expo Viver, Ver e Rever a Revolução”, patrocinado pela Mercedes-Benz, pôde fazer uma viagem no tempo ao visualizar de perto alguns dos modelos que compuseram a história. Um exemplo foi o carro de bombeiro da década de 1920 e um caminhão GMC de 1951, além ônibus do escolar da marca International e o minibus 1975 da Viação Colombo.

Outra oportunidade ímpar foi entrar na jardineira 1956 da Auto Viação ABC, que atualmente transporta passageiros entre a cidade de São Bernardo do Campo e Santo André, em SP, e conhecer um pouco das histórias do senhor Laudelino Gimenes, o primeiro motorista a dirigir um ônibus da companhia.

Museu

Além de proporcionar um momento de confraternização para os amantes dos “velhinhos”, Kaio trabalha em um projeto que vai além da simples exposição: a criação do primeiro museu nacional específico para o segmento. O empresário revela que o tema está em andamento com o deputado paulista Bruno Covas, para que possa ser viabilizado.

“Se você viajar pela Europa, perceberá que o Velho Continente sempre se mobilizou para preservar a memória do transporte, como um museu que existe em Londres. E por que não fazer um projeto semelhante no Brasil? A confraternização é legal, mais existe um objetivo muito mais profundo por trás deste evento”, frisou o executivo.

GMC ano 57 também esteve entre os destaquesSegundo ele, o dia 30 de novembro foi instituído como “Dia da Preservação da Memória dos Transportes por Ônibus”. Outro projeto que tramita na Câmara Municipal é a inclusão do evento no calendário Turístico do Estado de São Paulo. Um dos objetivos é integrar a exposição na Lei Rouanet, a fim de trazer novos incentivos financeiros.







Fonte: Webtranspo (www.webtranspo.com.br) 
 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AGRALE já forneceu 35.000 chassis a Volare

29/10/2010 - Equipe Hobbybus

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A Agrale comemora, este mês, a marca de 35.000 chassis de miniônibus fornecidos à Volare, principal fabricante brasileira do segmento. Desenvolvidos especialmente para o transporte de passageiros, os chassis têm como importante diferencial permitir maior espaço útil no salão e, consequentemente, transportar até quatro passageiros a mais em relação aos demais modelos concorrentes comercializados no mercado brasileiro.

Com PBT de 5.250kg a 8.500kg, os chassis Agrale que equipam os miniônibus Volare – modelos V5, V6, V8, W8 e W9 – proporcionam mais conforto e segurança para os passageiros. De concepção moderna e inovadora, possuem motor e o eixo avançados, o que se traduz em maior área útil para o encarroçamento.

“A Agrale tem a mais completa família de chassis micro e midi do mercado e, desde que iniciou a parceria com a Volare, há mais de 12 anos, detém a liderança no segmento leve com cerca de 50% de participação. A marca de 35 mil unidades produzidas comprova os atributos de robustez, conforto, versatilidade e segurança, e representa a satisfação dos clientes com a nossa linha de produtos. Estamos muitos felizes em poder colaborar para o sucesso dos miniônibus Volare”, explica Flavio A. Crosa, diretor de vendas da Agrale.

Os chassis são produzidos na unidade da Agrale em Caxias do Sul (RS) e fornecidos diretamente para a linha de montagem da Volare, localizada também na cidade gaúcha. As duas fabricantes brasileiras iniciaram a parceria em 1998, e desde então, a Agrale participa ativamente do desenvolvimento e lançamento de novos modelos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NTU defende BRT como alternativa sustentável para as capitais e os municípios com mais de 500 mil habitantes

27/10/2010 - Segs

Um ônibus é capaz de substituir 50 carros ou 70 motocicletas nas vias

Uma das alternativas sustentáveis defendidas pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) para a equação da mobilidade urbana x poluição nas capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes é a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit). Em média, um ônibus comporta de 70 a 80 passageiros, substituindo 50 automóveis ou 70 motocicletas nas vias. “A implantação de sistemas BRT com serviços mais rápidos e de maior qualidade iria, sem dúvida, atrair usuários de carros e motos. Essa seria uma forma, relativamente rápida, de promover, com baixo custo, melhorias no trânsito e na qualidade do ar”, avalia Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU.

O atual cenário macroeconômico do País favorece a população a adquirir com mais facilidade automóveis e motocicletas, ou seja, há um grande incentivo à utilização do transporte individualizado em detrimento ao coletivo. Com isso, 30% dos deslocamentos são realizados em meios motorizados individualmente, ocupando 70% das vias de circulação. Esse é um dos fatores que compromete a qualidade do ar e o trânsito nas cidades.

“Para que tenhamos uma solução adequada para o trânsito e o meio ambiente, principalmente, nos centros urbanos, é preciso estimular a população a usar o transporte coletivo. Paralelamente, é preciso oferecer melhores condições no transporte coletivo por ônibus, implantando os sistemas BRT”, explica Bicalho.

BRT

O BRT, Bus Rapid Transit, é um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de alta qualidade. Com veículos de transporte coletivo sobre pneus, circulando em corredores exclusivos, o sistema tem desempenho similar aos metrôs, apresentando tempo de parada menor e pagamentos das tarifas nas estações.

Dentre as principais características do BRT, estão:

• Corredores exclusivos para a circulação do transporte coletivo

• Embarques e desembarques rápidos, através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos

• Sistema de pré-pagamento de tarifas nas estações

• Veículos de alta capacidade, modernos e com tecnologias mais limpas

• Transferências entre rotas sem incidência de custos

• Integração modal em estações e terminais – sistema troncal

• Programação e controle rigorosos da operação

• Sinalização e informação ao usuário

Um corredor de BRT de 10 km leva, em média, de 24 a 36 meses para ser construído e tem o custo de R$ 100 milhões. O sistema está presente em mais de 80 cidades no mundo, entre elas, naquelas que sediaram a Copa da África do Sul e, no Brasil, em curitiba (PR), São Paulo (SP) e Goiânia (GO).

Ônibus novos

Para que haja a melhoria da qualidade do transporte urbano por ônibus nas capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes é fundamental investir também na renovação da frota. Atualmente são 105 mil ônibus em operação no País. “A criação de incentivos fiscais e linhas de crédito especiais são importantes para que as empresas de transporte público possam renovar suas frotas. Além disso, a construção de uma rede multimodal de transportes nas cidades, que incluam as linhas de ônibus convencionais, BRT, metrôs e trens, permitiriam otimizar o transporte coletivo urbano, reduzindo custos com a operação”, complementa Bicalho.

Legislação

Outro ponto que irá contribuir com a equação da mobilidade urbana x poluição são as novas tecnologias a ser implantadas nos ônibus, inclusive nos modelos que circularão nos BRTs. Uma delas são os motores padrão Euro V, que atenderão a fase sete do Proconve (Programa de Controle da Poluição do ar por veículos automotores), e equiparão os ônibus que serão fabricados a partir de 2012. Esses veículos serão equipados ainda com catalisadores de descarga e funcionarão com o diesel S10 - que é um combustível mais limpo, pois concentra somente 10 partículas por milhão de enxofre. [14]

A NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) representa as empresas de transporte coletivo urbano e metropolitano perante os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais e as entidades nacionais do setor; promove a integração e a troca de experiência entre as empresas, sindicatos, associações e federações, buscando a unidade e o fortalecimento do setor; desenvolve estudos técnicos e propõe medidas para a melhoria dos serviços de transporte coletivo urbano e metropolitano de passageiros; e preserva e divulga a história do setor. www.ntu.org.br.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ônibus híbrido: Itaipu busca parcerias

18/10/2010 - Ambiente e Energia 



Da Agência Ambiente Energia - Itaipu Binacional apresentará durante a Reunião de Cúpula do Mercosul, de 13 a 17 de dezembro, o protótipo do primeiro ônibus hídrico brasileiro, movio . A ideia é que o veículo seja utilizado como principal meio de transporte da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. No dia 9 de outubro, comitiva da empresa viajou para apresentar o projeto nos Estados Unidos e discutir uma possível parceria com a Proterra, especializada na produção de ônibus híbridos e elétricos, que fica em Greenville, na Carolina do Sul. A missão vai até o dia 17 de outubro.

Os parceiros no projeto são a Mascarello, de Cascavel (PR), responsável pela carroceria; a Weg, fabricante catarinense de motores; a gaúcha Euroar, fabricante de aparelho de ar condicionado para ônibus; a Eletra Industrial, de São Bernardo do Campo (SP), que faz a integração e montagem do ônibus; além das montadoras Tutto Trasporti, também gaúcha; e a Mitsubishi, instalada em Catalão (GO). O ônibus terá capacidade para pelo menos 34 passageiros.

Nos Estados Unidos, o coordenador do projeto Veículo Elétrico (VE), engenheiro Celso Novais, da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável, vai representar a Eletrobras em uma reunião sobre veículo elétrico e smart gride do e-8, nesta quinta-feira, dia 14 de outubro. “A ideia é apresentar no encontro as ações que estamos fazendo na área (do VE), as nossas motivações, e ouvir as experiências das outras empresas, inclusive abrindo a possibilidade de novas parcerias”, antecipou Novais.

O e-8 é um subgrupo do G-8 – que reúne as maiores economias do planeta – e é formado pelas dez maiores empresas de energia do mundo. Além da Eletrobras, integram o e-8 as empresas American Eletric Power (AAEP) e Duke Energy, dos Estados Unidos; a EDF Group, da França; a Enel, da Itália; a Hydro-Québec, do Canadá; a JSC RusHydro, da Rússia; a Kansai Eletric Power e a Tokyo Electric Power (Tepco), do Japão; e a RWE AG, da Alemanha.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ônibus urbanos com internet sem fio e de graça


30/8/2010


Foto:
Acessar internet em ônibus urbano e de graça. O serviço já é realidade para passageiros de algumas cidades do Rio Grande do Sul. Em Bagé, por exemplo, duas linhas oferecem esse tipo de comodidade. Há outra em Santa Cruz do Sul e, ainda, em uma linha intermunicipal que liga Santa Cruz do Sul a Venâncio Aires.

Para se conectar à internet é preciso apenas ter um notebook com placa de rede sem fio (wi-fi) e detecção automática de IP. Os veículos da empresa Stadtbus Transportes que contam com o serviço possuem roteador wireless (sem fio) e internet 3G.  Assim, quem pega o veículo pode trabalhar, estudar ou aproveitar o tempo da viagem para se divertir na rede mundial de computadores.

“A demanda surgiu a partir de uma linha que é bastante utilizada pelos universitários aqui de Santa Cruz do Sul. Muita gente anda no ônibus com notebook e smartphone e nós vimos aí uma nova oportunidade. O objetivo é oferecer um diferencial para os passageiros”, conta o coordenador de comunicação da empresa, Cristiano Machado.

Em Santa Cruz do Sul, a internet gratuita em ônibus está disponível desde 2009. Em julho deste ano, os veículos de Bagé passaram a oferecer o serviço. “Estamos em fase de testes para também disponibilizar a internet em vans que fazem o transporte de transfer entre Santa Cruz do Sul e Porto Alegre”, acrescenta Cristiano.

A empresa analisa se há necessidade de expandir a oferta de internet sem fio para o restante da frota, que gira em torno de 80 veículos. Para cada ônibus são gastos cerca de R$ 2 mil para instalar o equipamento necessário, além de R$ 100 mensais pela internet 3G. No entanto, a empresa garante que isso não vai acarretar no aumento da passagem.

A procura pelo serviço é crescente. Além dos estudantes universitários, alunos de uma escola pública da cidade que participam do programa Um Computador por Aluno (UCA), do Ministério da Educação, também aproveitam o sistema para se conectar durante o percurso de casa para a sala de aula.

Diferencial

A tecnologia no transporte terrestre está em expansão pelo país. “É um sucesso. A ideia foi muito bem aceita pelos passageiros. Esse ramo é muito competitivo, por isso precisamos investir para atrair novos clientes e consolidar os que já temos”, conta o gerente comercial da Expresso Unir, Murilo Sérgio Nogueira Soares. A empresa é responsável pela conexão entre a cidade de Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins, e começou a disponibilizar a internet sem fio há três semanas.

A iniciativa é pioneira na capital mineira. Por enquanto, apenas os 15 ônibus que fazem a linha executiva contam com o dispositivo, mas até dezembro a empresa pretende expandir para os outros 17 veículos que fazem parte da linha convencional.

O sistema está em fase de aperfeiçoamento e tem como objetivo garantir o conforto das pessoas. “Esse público é exigente. E é por isso que estamos aprimorando o serviço”, afirma Murilo.

Empresas do setor de transporte rodoviário também planejam implementar a tecnologia gratuita para seus clientes. Atualmente, há algumas que atuam sob o regime de fretamento e com ônibus de turismo que já oferecem a novidade. Em tempos de globalização, ninguém quer ficar desconectado. As empresas perceberam isso e estão investindo na área.

A Viação Itapemirm realizou testes em alguns de seus ônibus, no início de 2008, para oferecer internet sem fio para seus passageiros. Apesar de resultados satisfatórios, a ideia ainda não foi pra frente devido aos custos para implementar o projeto na época. Mas, nem por isso, está fora dos planos dos dirigentes da companhia.


Aerton Guimarães
Redação CNT

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Brasília debate BRT para sedes do Mundial

 
26/8/2010
Jornal do Comércio online - RS

A implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) em nove das 12 sedes da Copa Mundo de 2014 receberá investimentos de R$ 20 bilhões do governo federal para obras e de R$ 2 bilhões da iniciativa privada para compra dos ônibus articulados que circularão em vias expressas. As cidades-sede que decidiram usar o sistema são Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Fortaleza, Recife, Salvador e Cuiabá. Em Brasília, São Paulo e Manaus não há previsão para implantar esse tipo de transporte de massa.

Este foi o principal tema do seminário Transporte de qualidade para uma vida melhor, realizado na semana passada em Brasília, pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Tema que ganha importância com a decisão do governo federal de incluir o BRT no chamado PAC da mobilidade urbana, com o objetivo de garantir a execução dos projetos dentro dos prazos estabelecidos para o Mundial, ao longo dos próximos três anos.

Para demonstrar as vantagens do BRT sobre os outros meios de transporte, como o metrô convencional e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um tipo de metrô de superfície, que será adotado em Brasília, a NTU trouxe da Colômbia os dois principais administradores do Transmilenio, o BRT de Bogotá. O sistema funciona desde 2001 e atualmente transporta 1,6 milhão de passageiros por dia, sendo 45 mil por hora em cada sentido. Mas o Brasil foi pioneiro no sistema na América do Sul, com o BRT de Curitiba, implantado nos anos 1970.

De acordo com o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho, o custo de implantação do BRT representa 10% do gasto com a instalação do metrô e chega a ser quatro vezes mais barato do que o do VLT. Além disso, o prazo para implantação também é menor, 18 meses, enquanto o do VLT é de quatro anos (se não houver desapropriações) e o do metrô pode chegar a 20 anos. 

Para o presidente da NTU, o momento é favorável devido aos compromissos assumidos pelo governo federal para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “Dos R$ 20 bilhões do PAC da mobilidade urbana, R$ 6 bilhões já estão alocados pelo governo federal, com mais R$ 3 bilhões de contrapartida dos estados e municípios, para essa fase inicial em que serão (implantados) 20 corredores em nove cidades-sede da Copa”, diz Cunha Filho.

Além de Belo Horizonte, que está construindo quatro corredores expressos para o BRT, Cunha Filho disse que Recife e Goiânia já têm projetos prontos e recursos para iniciar as obras. A iniciativa privada vai bancar a compra dos ônibus e a manutenção das estações. Cada veículo deve custar cerca de R$ 600 mil. Para atender as nove cidades-sede da Copa que optaram pelo sistema é preciso montar uma frota de 1,5 mil ônibus, o que representa um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões.

A palestra de abertura do seminário teve como tema Transmilenio: mudança da qualidade de vida em Bogotá. Falaram sobre o assunto Arturo Fernando Rojas Rojas, gestor governamental do BRT na capital colombiana, e Victor Raul Martinez, executivo da operadora privada do sistema, que circula numa extensão de 82 quilômetros em Bogotá. Eles mostraram como o BRT representou uma solução de baixo custo para o transporte de massa da cidade de 7 milhões de habitantes e 2,6 mil metros de altitude, com melhoria do trânsito, passagens mais baratas, menos poluição do ar e velocidade média de 25 quilômetros por hora, contra os 8 quilômetros por hora dos ônibus convencionais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Empresas de ônibus vão investir em infraestrutura


18/8/2010
Jornal de Brasília

As empresas de ônibus do país devem investir R$ 2 bilhões nos próximos três anos para adquirir a infraestrutura de transportes para a Copa de 2014. Esta é a expectativa do presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, apresentada no seminário nacional da entidade, em Brasília. Segundo ele, nove cida-des-sede do evento escolheram os projetos de Bus Rapid Trans-port (BRT) para melhorar o transporte público no evento.
   
Essas cidades deverão fazer investimentos de R$ 6 bilhões na construção de corredores e estações para estes ônibus. Mas os veículos serão comprados pelas empresas que vão operar o setor. De acordo com Otávio, serão necessários 1.500 veículos para atender a 20 projetos nas cidades. As empresas que produzem os carros terão condições de atender à demanda que responde por fatia menor que 3% do mercado de 21 mil veículos produzidos por ano no País.

Transporte público de Bogotá é citado como exemplo


17/8/2010


Foto: Júlio Fernandes - NCI

Victor Raul Martinez
Bogotá é a cidade com a sétima maior economia da América Latina. Assim como outros grandes centros urbanos, enfrentou sérios problemas com o transporte público: ônibus que não chegavam a localidades consideradas pouco importantes, veículos velhos e usuários que encaravam longas e desconfortáveis viagens. E como se não bastasse, pagavam caro pelo serviço.

No entanto, em 1999 a prefeitura da cidade iniciou o processo de implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) com a ajuda dos brasileiros que realizaram o mesmo trabalho em Curitiba, na década de 1970. A proposta de mudança, na Colômbia, veio do governo. A dificuldade seria convencer as empresas.

Mas a realidade foi bem diferente, por conta das garantias oferecidas pelas autoridades locais, lembrou o presidente do Sistema Integrado de Transporte SI 99 S.A., da Colômbia, Victor Raul Martinez, durante o Seminário Nacional NTU 2010. O evento acontece nesta terça-feira (17) e quarta-feira (18), em Brasília (DF).

Além de dinheiro para investir, o governo ofereceu às empresas um conjunto de fatores integrados sob o ponto de vista jurídico, financeiro, operacional e social. Assim, por meio de acordos, garante rentabilidade às empresas. Ao custo de US$ 0,60 por viagem, considerado baixo, os colombianos podem se locomover pela cidade em um sistema integrado entre diferentes modais.

Após dez anos de implantação, o sistema é aprovado por mais de 80% da população de Bogotá. Se antes algumas empresas de ônibus trabalhavam com índices de rentabilidade negativas, hoje, segundo Victor Raul Martinez, a rentabilidade alcança de 10 a 15 vez mais do que o registrado na década de 90.

Por dia, são realizadas mais de 1,6 milhão de viagens pelo sistema, que ainda está em fase de expansão. O Sistema Transmilenio, como foi batizado, facilita a comunicação com os usuários. Ele avisa o horário dos ônibus, conta com corredores exclusivos, permite o pagamento prévio de tarifas, e outras facilidades.

“A imagem de Bogotá se transformou e proporcionou o melhor desenvolvimento urbano, gerando empregos diretos e indiretos. Tivemos que mudar a visão do transporte individual para pensar no coletivo. Implantamos um sistema inteligente, onde é possível programar, desenhar os serviços, avisar aos passageiros onde estão os ônibus e muito mais”, explicou o subgerente do Transmilenio, dirigida pelo governo colombiano, Arturo Fernando Rojas.

A queda no número de acidentes de trânsito foi de 80% e a emissão de poluentes foi reduzida em 33% nos últimos anos. Assim como a utilização de carros na cidade, já que cerca de 20% dos usuários do transporte possuem carro. “Se antes tínhamos vergonha de dizer que trabalhávamos com transporte, hoje temos orgulho por oferecer algo de tanta qualidade”, confessou Victor Raul Martinez.

O subgerente do Transmilenio explicou que a busca sempre foi pelo equilíbrio entre os papéis do poder público e privado. “Para implementar o sistema é preciso melhorar a infraestrutura da cidade, como incluir a construção de pavimentação e trilhos para o veículo misto, ou seja, a região urbana deve ser adaptada”, destacou.

Em relação ao evento promovido pela NTU, Martinez ressaltou a importância em se discutir tal assunto. “Há 12 anos, vim para o Brasil para aprender como melhorar o transporte público no meu país. Hoje, estou aqui para falar sobre a experiência colombiana. Me sinto como um aluno que vem contar aos professores como apliquei o aprendizado”, concluiu.



Aerton Guimarães
Redação CNT

Cidades brasileiras precisam de sistema de ônibus rápido


17/8/2010


Foto: NTU

À esquerda: Otávio Vieira da Cunha
As 47 cidades brasileiras que contam com mais de 500 mil habitantes deveriam implementar o sistema de ônibus rápido, o BRT (Bus Rapid Transit). Foi o que afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, na abertura do Seminário Nacional NTU 2010, promovido pela instituição e realizado nesta terça (17) e quarta-feira(18) em Brasília (DF).

O presidente da NTU falou sobre a realidade do trânsito nas principais cidades brasileiras, que precisa de modificações urgentes. Congestionamentos cada vez maiores, índices de acidentes e de poluição crescentes e queda na qualidade de vida da população são reflexos do sistema atual.  Para mudar isso, os empresários propõem a implementação do sistema de ônibus rápidos, com criação de vias exclusivas para ônibus, entre outras características. “Os empresários estão preparados para o desafio. Mas é preciso que haja união de todo o setor com o governo”, defendeu Cunha Filho.

De olho na Copa do Mundo de 2014, o governo já começou a se mobilizar, com os  projetos de implementação do sistema em nove das 12 cidades-sede do mundial. Onze bilhões de reais estão sendo aplicados e outros R$ 18 bilhões deverão ser investidos a partir do PAC da Mobilidade. “Temos uma série de questões voltadas para a utilização do transporte. O nosso objetivo é uma integração que beneficia a população. Além disso, que tenhamos um ar limpo”, explicou o secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Carlos

Mudanças

Um dos objetivos do evento promovido pela NTU é construir uma agenda comum do setor para apresentar a todos os candidatos à presidência da República as necessidades de mudança nas principais cidades brasileiras.

“Os projetos de BRT vão permitir um salto de qualidade no transporte público. Isso cria um novo conceito na oferta de serviços. Discutir esse tema é importantíssimo para encontrar uma solução para o transporte público”, defendeu o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho.

O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, disse que este é o momento ideal para iniciar uma renovação no transporte público brasileiro.

“Até 2030, vamos ter mais 40 milhões de habitantes no país. E a grande maioria deles vai morar nas cidades. Com isso, teremos distâncias maiores e altas tarifas. Precisamos investir para termos cidades melhores”, destacou Brasiliense.


Aerton Guimarães
Redação CNT

Consultor dá a receita para projetos bem-sucedidos de BRT


18/8/2010


Foto: Júlio Fernandes - NCI

Wagner Colombini
Planejamento é a palavra-chave para a implantação de um sistema eficiente de BRT (Bus Rapid Transit), na opinião do diretor da Logit Engenharia Consultiva Ltda., Wagner Colombini. O executivo participou, nessa terça-feira (17), do painel Sistema BRT: concepção e custos operacionais, no  Seminário Nacional NTU 2010.

Colombini destacou o momento favorável para a discussão sobre a expansão desse tipo de sistema com os preparativos para a Copa de 2014 e os investimentos necessários no chamado PAC da Mobilidade Urbana. “Temos que aproveitar todo o momento da Copa, a disposição do governo federal, e implantar um programa de corredores nas cidades brasileiras.”  

Para o consultor, vantagens como o custo operacional menor que o do ônibus convencional, maior velocidade média nos deslocamentos (22 km nos sistemas em operação), agilidade e redução da poluição justificam os investimentos nos sistemas BRT. Soma-se a isso a transformação urbanística de áreas degradadas, a diminuição do número de ônibus e a melhoria do trânsito nas grandes cidades.

O custo de implantação também contaria pontos a favor do BRT. Atualmente, cada quilômetro do sistema custa aproximadamente US$ 5 milhões, enquanto o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) custa US$ 25 milhões e o metrô, US$ 100 milhões.

Das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, nove optaram por implantar sistemas de corredores de ônibus e as três restantes (Brasília, Natal e Manaus) outros sistemas de transporte.

Como então fazer um bom projeto de BRT? Algumas questões, segundo Colombini, são cruciais em qualquer proposta. A primeira é mapear o funcionamento do sistema atual, identificar a demanda e dimensionar corretamente a frota, por meio de infraestrutura adequada, além de fazer a análise de custos.

É preciso também considerar a quem caberá o controle operacional, agir sobre o espaço urbano para melhorá-lo, criar terminais de integração bem desenhados e incorporar tecnologias como bilhetagem eletrônica e centro de controle operacional.

“Projetos bem elaborados podem resultar em sistemas que vão definitivamente melhorar a qualidade de vida das cidades”, argumenta o diretor da Logit Engenharia. Especialista em BRT, Colombini foi responsável pela instalação do sistema em Johanesburgo e Cidade do Cabo, na África do Sul.


Sueli Montenegro
Redação CNT

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Scania vai fabricar ônibus expresso para Copa


19/8/2010
ABCD Net News

A Scania anunciou nesta terça-feira (17/08) a criação de uma divisão para construir ônibus BRT (Bus Rapid Transport), veículos expressos que estão programados para operar em nove das 12 cidades da Copa 2014. O investimento do País nesse tipo de transporte será de R$ 6 bilhões até 2013.

Com fábrica em São Bernardo, a Scania terá a divisão de BRT comandada por Claudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo. A divisão também vai cuidar da área de veículos movidos a combustíveis mais limpos, principalmente o etanol, que já são exportados pela empresa para países como a Suécia, mas não têm mercado no Brasil.

O BRT foi escolhido por nove cidades que serão da Copa de 2014. O veículo é apontado como de grande mobilidade urbana para o evento. O Brasil já tem várias cidades com sistemas semelhantes ao BRT, entre elas São Paulo e Curitiba, a primeira a realizar esse tipo de projeto no mundo.

As empresas do setor apresentam a representantes das três esferas do governo um plano para a implantação de BRTs nas 27 capitais e mais 20 cidades com mais de 500 mil habitantes. As empresas querem aproveitar o impacto dos projetos da Copa para que até o fim da década o sistema esteja implantado em mais 38 cidades.

O argumento dos transportadores é que os BRTs têm custo de implantação equivalente a um décimo do de um metrô e pode ser feito em menos tempo. Eles defendem que poucos corredores em algumas cidades grandes do Brasil teriam passageiros suficientes para que o metrô operasse e pagasse seus custos de implantação sem dar prejuízo.

Algumas linhas de BRT têm capacidade para transportar até 45 mil passageiros/hora, metade do máximo de uma linha de metrô, que raramente opera nesse nível.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

BRT para cidades-sede da Copa de 2014 é tema de debate

18/08/2010



A implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em nove das 12 sedes da Copa Mundo de 2014, receberá investimentos de R$ 20 bilhões do governo federal para obras e de R$ 2 bilhões da iniciativa privada para compra dos ônibus articulados que circularão em vias expressas. As cidades-sede que decidiram usar o sistema são Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Fortaleza, Recife, Salvador e Cuiabá. Em Brasília, São Paulo e Manaus não há previsão para implantar esse tipo de transporte de massa .



Este é o principal tema de discussões do seminário Transporte de Qualidade para uma Vida Melhor, em Brasília, organizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Tema que ganha importância com a decisão do governo federal de incluir o BRT no chamado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da mobilidade urbana, para garantir a execução dos projetos dentro dos prazos estabelecidos para o Mundial, ao longo dos próximos três anos.



Para demonstrar as vantagens do BRT sobre outros meios de transporte, como o metrô convencional e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um tipo de metrô de superfície, que será adotado em Brasília, a NTU trouxe da Colômbia os dois principais administradores do Transmilenio, o BRT de Bogotá. O sistema funciona desde 2001 e hoje transporta 1,6 milhão de passageiros por dia, sendo 45 mil por hora em cada sentido. Mas o Brasil foi pioneiro no sistema na América do Sul, com o BRT de Curitiba, implantado nos anos 1970.



De acordo com o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho, o custo de implantação do BRT representa 10% do custo de instalação do metrô e chega a ser quatro vezes mais baixo do que o do VLT. Além disso, o prazo para implantação também é menor, 18 meses, enquanto o do VLT é de quatro anos (se não houver desapropriações) e o do metrô pode chegar a 20 anos.



Para o presidente da NTU, o momento é favorável devido aos compromissos assumidos pelo governo federal para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Dos R$ 20 bilhões do PAC da mobilidade urbana, R$ 6 bilhões já estão alocados pelo governo federal, com mais R$ 3 bilhões de contrapartida dos estados e municípios, para essa fase inicial em que serão [implantados] 20 corredores em nove cidades-sede da Copa”.



Além de Belo Horizonte, que está construindo quatro corredores expressos para o BRT, Cunha Filho disse que Recife e Goiânia já têm projetos prontos e recursos para iniciar as obras. A iniciativa privada vai bancar a compra dos ônibus e a manutenção das estações. Cada veículo deve custar cerca de R$ 600 mil. Para atender as nove cidades-sede da Copa que optaram pelo sistema seria preciso montar uma frota de 1,5 mil ônibus, o que representaria um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões.



A palestra de abertura do seminário teve como tema Transmilenio: Mudança da Qualidade de Vida em Bogotá. Falaram sobre o assunto Arturo Fernando Rojas Rojas, gestor governamental do BRT na capital colombiana, e Victor Raul Martinez, executivo da operadora privada do sistema, que circula numa extensão de 82 quilômetros (km) em Bogotá. Eles procuraram mostrar como o BRT representou uma solução de baixo custo para o transporte de massa da cidade de 7 milhões de habitantes e 2,6 mil metros de altitude, com melhoria do trânsito, passagens mais baratas, menos poluição do ar e velocidade média de 25 quilômetros por hora (km/h), contra 8 km/h dos ônibus convencionais.



Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cidades da Copa optam por ônibus rápido e terão R$ 11 bi


DOMINGO, 27 DE JUNHO DE 2010


O governo federal investirá R$ 11 bilhões para o financiamento de 47 projetos ligados ao transporte coletivo urbano visando à Copa do Mundo de 2014. Desse montante, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Mobilidade Urbana, R$ 7 bilhões serão investidos pela União com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS), sendo boa parte desses aportes direcionada a linhas de transporte de ônibus modernos, que devem se tornar a menina-dos-olhos de nove das 12 cidades-sede da Copa.
Segundo Marcos Bicalho, diretor superintendente da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), até o segundo semestre deste ano todas as obras já estarão em andamento: "A definição do orçamento veio em ótimo momento. Estamos a apenas quatro anos do mundial e é necessário que as obras já tenham o seu andamento iniciado. As obras devem ser concluídas até 2013".

As cidades-sede terão até o meio do ano para enviar os seus projetos ao governo, para o começo das obras ainda no segundo semestre. Segundo Bicalho, a verba para a compra de veículos e para outros pormenores que não façam parte da construção da estrutura dos projetos deverá partir do sistema privado: "As melhorias técnicas no transporte coletivo por ônibus devem ser aliadas à criação de incentivos fiscais e linhas de créditos especiais para a aquisição de veículos novos pelas concessionárias privadas, como forma de não onerar o preço das tarifas para a população".
Das 12 cidades que sediarão o mundial no Brasil, nove já optaram pelo sistema de transporte rápido por ônibus (BRT). Ao todo serão construídas 20 BRTs, sendo 6 em Belo Horizonte, 4 em Fortaleza, 2 em Manaus, Recife, Porto Alegre e Cuiabá, 1 no Rio de Janeiro, Curitiba e em Salvador.
Além da Copa, as cidades visam melhorar o sistema de transporte para os próximos anos: "Os corredores exclusivos para os ônibus melhoram a velocidade de transporte e permitem serviços de melhor qualidade, aumentando a confiabilidade do usuário e, consequentemente, a demanda por serviços", disse Bicalho.
Para a NTU, a opção da maioria das cidades-sede da Copa pelo BRT é positiva, principalmente porque a sua implementação é rápida, levando de 24 a 36 meses. Além disso, a solução é mais barata, em torno de R$ 111 milhões a cada 10 Km, se comparada às outras modalidades de transporte, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que demora cinco anos para ser construído e custa R$ 404 milhões e também o Metrô, com estimativas de nove anos à implementação, a custos de R$ 2 bilhões.
Recentemente, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, comentou que o governo priorizou obras de transporte público que pudessem ser concluídas antes do Mundial e que já tivessem projetos finalizados ou licenças ambientais liberadas. Por conta dessas restrições, projetos como a construção de metrôs em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador não receberão estes recursos.
Fonte: DCI Diário do Comércio e da Indústria/SP