sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Brasília debate BRT para sedes do Mundial

 
26/8/2010
Jornal do Comércio online - RS

A implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) em nove das 12 sedes da Copa Mundo de 2014 receberá investimentos de R$ 20 bilhões do governo federal para obras e de R$ 2 bilhões da iniciativa privada para compra dos ônibus articulados que circularão em vias expressas. As cidades-sede que decidiram usar o sistema são Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Fortaleza, Recife, Salvador e Cuiabá. Em Brasília, São Paulo e Manaus não há previsão para implantar esse tipo de transporte de massa.

Este foi o principal tema do seminário Transporte de qualidade para uma vida melhor, realizado na semana passada em Brasília, pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Tema que ganha importância com a decisão do governo federal de incluir o BRT no chamado PAC da mobilidade urbana, com o objetivo de garantir a execução dos projetos dentro dos prazos estabelecidos para o Mundial, ao longo dos próximos três anos.

Para demonstrar as vantagens do BRT sobre os outros meios de transporte, como o metrô convencional e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um tipo de metrô de superfície, que será adotado em Brasília, a NTU trouxe da Colômbia os dois principais administradores do Transmilenio, o BRT de Bogotá. O sistema funciona desde 2001 e atualmente transporta 1,6 milhão de passageiros por dia, sendo 45 mil por hora em cada sentido. Mas o Brasil foi pioneiro no sistema na América do Sul, com o BRT de Curitiba, implantado nos anos 1970.

De acordo com o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho, o custo de implantação do BRT representa 10% do gasto com a instalação do metrô e chega a ser quatro vezes mais barato do que o do VLT. Além disso, o prazo para implantação também é menor, 18 meses, enquanto o do VLT é de quatro anos (se não houver desapropriações) e o do metrô pode chegar a 20 anos. 

Para o presidente da NTU, o momento é favorável devido aos compromissos assumidos pelo governo federal para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “Dos R$ 20 bilhões do PAC da mobilidade urbana, R$ 6 bilhões já estão alocados pelo governo federal, com mais R$ 3 bilhões de contrapartida dos estados e municípios, para essa fase inicial em que serão (implantados) 20 corredores em nove cidades-sede da Copa”, diz Cunha Filho.

Além de Belo Horizonte, que está construindo quatro corredores expressos para o BRT, Cunha Filho disse que Recife e Goiânia já têm projetos prontos e recursos para iniciar as obras. A iniciativa privada vai bancar a compra dos ônibus e a manutenção das estações. Cada veículo deve custar cerca de R$ 600 mil. Para atender as nove cidades-sede da Copa que optaram pelo sistema é preciso montar uma frota de 1,5 mil ônibus, o que representa um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões.

A palestra de abertura do seminário teve como tema Transmilenio: mudança da qualidade de vida em Bogotá. Falaram sobre o assunto Arturo Fernando Rojas Rojas, gestor governamental do BRT na capital colombiana, e Victor Raul Martinez, executivo da operadora privada do sistema, que circula numa extensão de 82 quilômetros em Bogotá. Eles mostraram como o BRT representou uma solução de baixo custo para o transporte de massa da cidade de 7 milhões de habitantes e 2,6 mil metros de altitude, com melhoria do trânsito, passagens mais baratas, menos poluição do ar e velocidade média de 25 quilômetros por hora, contra os 8 quilômetros por hora dos ônibus convencionais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Empresas de ônibus vão investir em infraestrutura


18/8/2010
Jornal de Brasília

As empresas de ônibus do país devem investir R$ 2 bilhões nos próximos três anos para adquirir a infraestrutura de transportes para a Copa de 2014. Esta é a expectativa do presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, apresentada no seminário nacional da entidade, em Brasília. Segundo ele, nove cida-des-sede do evento escolheram os projetos de Bus Rapid Trans-port (BRT) para melhorar o transporte público no evento.
   
Essas cidades deverão fazer investimentos de R$ 6 bilhões na construção de corredores e estações para estes ônibus. Mas os veículos serão comprados pelas empresas que vão operar o setor. De acordo com Otávio, serão necessários 1.500 veículos para atender a 20 projetos nas cidades. As empresas que produzem os carros terão condições de atender à demanda que responde por fatia menor que 3% do mercado de 21 mil veículos produzidos por ano no País.

Transporte público de Bogotá é citado como exemplo


17/8/2010


Foto: Júlio Fernandes - NCI

Victor Raul Martinez
Bogotá é a cidade com a sétima maior economia da América Latina. Assim como outros grandes centros urbanos, enfrentou sérios problemas com o transporte público: ônibus que não chegavam a localidades consideradas pouco importantes, veículos velhos e usuários que encaravam longas e desconfortáveis viagens. E como se não bastasse, pagavam caro pelo serviço.

No entanto, em 1999 a prefeitura da cidade iniciou o processo de implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) com a ajuda dos brasileiros que realizaram o mesmo trabalho em Curitiba, na década de 1970. A proposta de mudança, na Colômbia, veio do governo. A dificuldade seria convencer as empresas.

Mas a realidade foi bem diferente, por conta das garantias oferecidas pelas autoridades locais, lembrou o presidente do Sistema Integrado de Transporte SI 99 S.A., da Colômbia, Victor Raul Martinez, durante o Seminário Nacional NTU 2010. O evento acontece nesta terça-feira (17) e quarta-feira (18), em Brasília (DF).

Além de dinheiro para investir, o governo ofereceu às empresas um conjunto de fatores integrados sob o ponto de vista jurídico, financeiro, operacional e social. Assim, por meio de acordos, garante rentabilidade às empresas. Ao custo de US$ 0,60 por viagem, considerado baixo, os colombianos podem se locomover pela cidade em um sistema integrado entre diferentes modais.

Após dez anos de implantação, o sistema é aprovado por mais de 80% da população de Bogotá. Se antes algumas empresas de ônibus trabalhavam com índices de rentabilidade negativas, hoje, segundo Victor Raul Martinez, a rentabilidade alcança de 10 a 15 vez mais do que o registrado na década de 90.

Por dia, são realizadas mais de 1,6 milhão de viagens pelo sistema, que ainda está em fase de expansão. O Sistema Transmilenio, como foi batizado, facilita a comunicação com os usuários. Ele avisa o horário dos ônibus, conta com corredores exclusivos, permite o pagamento prévio de tarifas, e outras facilidades.

“A imagem de Bogotá se transformou e proporcionou o melhor desenvolvimento urbano, gerando empregos diretos e indiretos. Tivemos que mudar a visão do transporte individual para pensar no coletivo. Implantamos um sistema inteligente, onde é possível programar, desenhar os serviços, avisar aos passageiros onde estão os ônibus e muito mais”, explicou o subgerente do Transmilenio, dirigida pelo governo colombiano, Arturo Fernando Rojas.

A queda no número de acidentes de trânsito foi de 80% e a emissão de poluentes foi reduzida em 33% nos últimos anos. Assim como a utilização de carros na cidade, já que cerca de 20% dos usuários do transporte possuem carro. “Se antes tínhamos vergonha de dizer que trabalhávamos com transporte, hoje temos orgulho por oferecer algo de tanta qualidade”, confessou Victor Raul Martinez.

O subgerente do Transmilenio explicou que a busca sempre foi pelo equilíbrio entre os papéis do poder público e privado. “Para implementar o sistema é preciso melhorar a infraestrutura da cidade, como incluir a construção de pavimentação e trilhos para o veículo misto, ou seja, a região urbana deve ser adaptada”, destacou.

Em relação ao evento promovido pela NTU, Martinez ressaltou a importância em se discutir tal assunto. “Há 12 anos, vim para o Brasil para aprender como melhorar o transporte público no meu país. Hoje, estou aqui para falar sobre a experiência colombiana. Me sinto como um aluno que vem contar aos professores como apliquei o aprendizado”, concluiu.



Aerton Guimarães
Redação CNT

Cidades brasileiras precisam de sistema de ônibus rápido


17/8/2010


Foto: NTU

À esquerda: Otávio Vieira da Cunha
As 47 cidades brasileiras que contam com mais de 500 mil habitantes deveriam implementar o sistema de ônibus rápido, o BRT (Bus Rapid Transit). Foi o que afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, na abertura do Seminário Nacional NTU 2010, promovido pela instituição e realizado nesta terça (17) e quarta-feira(18) em Brasília (DF).

O presidente da NTU falou sobre a realidade do trânsito nas principais cidades brasileiras, que precisa de modificações urgentes. Congestionamentos cada vez maiores, índices de acidentes e de poluição crescentes e queda na qualidade de vida da população são reflexos do sistema atual.  Para mudar isso, os empresários propõem a implementação do sistema de ônibus rápidos, com criação de vias exclusivas para ônibus, entre outras características. “Os empresários estão preparados para o desafio. Mas é preciso que haja união de todo o setor com o governo”, defendeu Cunha Filho.

De olho na Copa do Mundo de 2014, o governo já começou a se mobilizar, com os  projetos de implementação do sistema em nove das 12 cidades-sede do mundial. Onze bilhões de reais estão sendo aplicados e outros R$ 18 bilhões deverão ser investidos a partir do PAC da Mobilidade. “Temos uma série de questões voltadas para a utilização do transporte. O nosso objetivo é uma integração que beneficia a população. Além disso, que tenhamos um ar limpo”, explicou o secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Carlos

Mudanças

Um dos objetivos do evento promovido pela NTU é construir uma agenda comum do setor para apresentar a todos os candidatos à presidência da República as necessidades de mudança nas principais cidades brasileiras.

“Os projetos de BRT vão permitir um salto de qualidade no transporte público. Isso cria um novo conceito na oferta de serviços. Discutir esse tema é importantíssimo para encontrar uma solução para o transporte público”, defendeu o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho.

O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, disse que este é o momento ideal para iniciar uma renovação no transporte público brasileiro.

“Até 2030, vamos ter mais 40 milhões de habitantes no país. E a grande maioria deles vai morar nas cidades. Com isso, teremos distâncias maiores e altas tarifas. Precisamos investir para termos cidades melhores”, destacou Brasiliense.


Aerton Guimarães
Redação CNT

Consultor dá a receita para projetos bem-sucedidos de BRT


18/8/2010


Foto: Júlio Fernandes - NCI

Wagner Colombini
Planejamento é a palavra-chave para a implantação de um sistema eficiente de BRT (Bus Rapid Transit), na opinião do diretor da Logit Engenharia Consultiva Ltda., Wagner Colombini. O executivo participou, nessa terça-feira (17), do painel Sistema BRT: concepção e custos operacionais, no  Seminário Nacional NTU 2010.

Colombini destacou o momento favorável para a discussão sobre a expansão desse tipo de sistema com os preparativos para a Copa de 2014 e os investimentos necessários no chamado PAC da Mobilidade Urbana. “Temos que aproveitar todo o momento da Copa, a disposição do governo federal, e implantar um programa de corredores nas cidades brasileiras.”  

Para o consultor, vantagens como o custo operacional menor que o do ônibus convencional, maior velocidade média nos deslocamentos (22 km nos sistemas em operação), agilidade e redução da poluição justificam os investimentos nos sistemas BRT. Soma-se a isso a transformação urbanística de áreas degradadas, a diminuição do número de ônibus e a melhoria do trânsito nas grandes cidades.

O custo de implantação também contaria pontos a favor do BRT. Atualmente, cada quilômetro do sistema custa aproximadamente US$ 5 milhões, enquanto o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) custa US$ 25 milhões e o metrô, US$ 100 milhões.

Das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, nove optaram por implantar sistemas de corredores de ônibus e as três restantes (Brasília, Natal e Manaus) outros sistemas de transporte.

Como então fazer um bom projeto de BRT? Algumas questões, segundo Colombini, são cruciais em qualquer proposta. A primeira é mapear o funcionamento do sistema atual, identificar a demanda e dimensionar corretamente a frota, por meio de infraestrutura adequada, além de fazer a análise de custos.

É preciso também considerar a quem caberá o controle operacional, agir sobre o espaço urbano para melhorá-lo, criar terminais de integração bem desenhados e incorporar tecnologias como bilhetagem eletrônica e centro de controle operacional.

“Projetos bem elaborados podem resultar em sistemas que vão definitivamente melhorar a qualidade de vida das cidades”, argumenta o diretor da Logit Engenharia. Especialista em BRT, Colombini foi responsável pela instalação do sistema em Johanesburgo e Cidade do Cabo, na África do Sul.


Sueli Montenegro
Redação CNT

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Scania vai fabricar ônibus expresso para Copa


19/8/2010
ABCD Net News

A Scania anunciou nesta terça-feira (17/08) a criação de uma divisão para construir ônibus BRT (Bus Rapid Transport), veículos expressos que estão programados para operar em nove das 12 cidades da Copa 2014. O investimento do País nesse tipo de transporte será de R$ 6 bilhões até 2013.

Com fábrica em São Bernardo, a Scania terá a divisão de BRT comandada por Claudio de Senna Frederico, ex-secretário de Transportes do Estado de São Paulo. A divisão também vai cuidar da área de veículos movidos a combustíveis mais limpos, principalmente o etanol, que já são exportados pela empresa para países como a Suécia, mas não têm mercado no Brasil.

O BRT foi escolhido por nove cidades que serão da Copa de 2014. O veículo é apontado como de grande mobilidade urbana para o evento. O Brasil já tem várias cidades com sistemas semelhantes ao BRT, entre elas São Paulo e Curitiba, a primeira a realizar esse tipo de projeto no mundo.

As empresas do setor apresentam a representantes das três esferas do governo um plano para a implantação de BRTs nas 27 capitais e mais 20 cidades com mais de 500 mil habitantes. As empresas querem aproveitar o impacto dos projetos da Copa para que até o fim da década o sistema esteja implantado em mais 38 cidades.

O argumento dos transportadores é que os BRTs têm custo de implantação equivalente a um décimo do de um metrô e pode ser feito em menos tempo. Eles defendem que poucos corredores em algumas cidades grandes do Brasil teriam passageiros suficientes para que o metrô operasse e pagasse seus custos de implantação sem dar prejuízo.

Algumas linhas de BRT têm capacidade para transportar até 45 mil passageiros/hora, metade do máximo de uma linha de metrô, que raramente opera nesse nível.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

BRT para cidades-sede da Copa de 2014 é tema de debate

18/08/2010



A implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em nove das 12 sedes da Copa Mundo de 2014, receberá investimentos de R$ 20 bilhões do governo federal para obras e de R$ 2 bilhões da iniciativa privada para compra dos ônibus articulados que circularão em vias expressas. As cidades-sede que decidiram usar o sistema são Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Fortaleza, Recife, Salvador e Cuiabá. Em Brasília, São Paulo e Manaus não há previsão para implantar esse tipo de transporte de massa .



Este é o principal tema de discussões do seminário Transporte de Qualidade para uma Vida Melhor, em Brasília, organizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Tema que ganha importância com a decisão do governo federal de incluir o BRT no chamado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da mobilidade urbana, para garantir a execução dos projetos dentro dos prazos estabelecidos para o Mundial, ao longo dos próximos três anos.



Para demonstrar as vantagens do BRT sobre outros meios de transporte, como o metrô convencional e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um tipo de metrô de superfície, que será adotado em Brasília, a NTU trouxe da Colômbia os dois principais administradores do Transmilenio, o BRT de Bogotá. O sistema funciona desde 2001 e hoje transporta 1,6 milhão de passageiros por dia, sendo 45 mil por hora em cada sentido. Mas o Brasil foi pioneiro no sistema na América do Sul, com o BRT de Curitiba, implantado nos anos 1970.



De acordo com o presidente da NTU, Otávio Vieira da Cunha Filho, o custo de implantação do BRT representa 10% do custo de instalação do metrô e chega a ser quatro vezes mais baixo do que o do VLT. Além disso, o prazo para implantação também é menor, 18 meses, enquanto o do VLT é de quatro anos (se não houver desapropriações) e o do metrô pode chegar a 20 anos.



Para o presidente da NTU, o momento é favorável devido aos compromissos assumidos pelo governo federal para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Dos R$ 20 bilhões do PAC da mobilidade urbana, R$ 6 bilhões já estão alocados pelo governo federal, com mais R$ 3 bilhões de contrapartida dos estados e municípios, para essa fase inicial em que serão [implantados] 20 corredores em nove cidades-sede da Copa”.



Além de Belo Horizonte, que está construindo quatro corredores expressos para o BRT, Cunha Filho disse que Recife e Goiânia já têm projetos prontos e recursos para iniciar as obras. A iniciativa privada vai bancar a compra dos ônibus e a manutenção das estações. Cada veículo deve custar cerca de R$ 600 mil. Para atender as nove cidades-sede da Copa que optaram pelo sistema seria preciso montar uma frota de 1,5 mil ônibus, o que representaria um investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões.



A palestra de abertura do seminário teve como tema Transmilenio: Mudança da Qualidade de Vida em Bogotá. Falaram sobre o assunto Arturo Fernando Rojas Rojas, gestor governamental do BRT na capital colombiana, e Victor Raul Martinez, executivo da operadora privada do sistema, que circula numa extensão de 82 quilômetros (km) em Bogotá. Eles procuraram mostrar como o BRT representou uma solução de baixo custo para o transporte de massa da cidade de 7 milhões de habitantes e 2,6 mil metros de altitude, com melhoria do trânsito, passagens mais baratas, menos poluição do ar e velocidade média de 25 quilômetros por hora (km/h), contra 8 km/h dos ônibus convencionais.



Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cidades da Copa optam por ônibus rápido e terão R$ 11 bi


DOMINGO, 27 DE JUNHO DE 2010


O governo federal investirá R$ 11 bilhões para o financiamento de 47 projetos ligados ao transporte coletivo urbano visando à Copa do Mundo de 2014. Desse montante, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Mobilidade Urbana, R$ 7 bilhões serão investidos pela União com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS), sendo boa parte desses aportes direcionada a linhas de transporte de ônibus modernos, que devem se tornar a menina-dos-olhos de nove das 12 cidades-sede da Copa.
Segundo Marcos Bicalho, diretor superintendente da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), até o segundo semestre deste ano todas as obras já estarão em andamento: "A definição do orçamento veio em ótimo momento. Estamos a apenas quatro anos do mundial e é necessário que as obras já tenham o seu andamento iniciado. As obras devem ser concluídas até 2013".

As cidades-sede terão até o meio do ano para enviar os seus projetos ao governo, para o começo das obras ainda no segundo semestre. Segundo Bicalho, a verba para a compra de veículos e para outros pormenores que não façam parte da construção da estrutura dos projetos deverá partir do sistema privado: "As melhorias técnicas no transporte coletivo por ônibus devem ser aliadas à criação de incentivos fiscais e linhas de créditos especiais para a aquisição de veículos novos pelas concessionárias privadas, como forma de não onerar o preço das tarifas para a população".
Das 12 cidades que sediarão o mundial no Brasil, nove já optaram pelo sistema de transporte rápido por ônibus (BRT). Ao todo serão construídas 20 BRTs, sendo 6 em Belo Horizonte, 4 em Fortaleza, 2 em Manaus, Recife, Porto Alegre e Cuiabá, 1 no Rio de Janeiro, Curitiba e em Salvador.
Além da Copa, as cidades visam melhorar o sistema de transporte para os próximos anos: "Os corredores exclusivos para os ônibus melhoram a velocidade de transporte e permitem serviços de melhor qualidade, aumentando a confiabilidade do usuário e, consequentemente, a demanda por serviços", disse Bicalho.
Para a NTU, a opção da maioria das cidades-sede da Copa pelo BRT é positiva, principalmente porque a sua implementação é rápida, levando de 24 a 36 meses. Além disso, a solução é mais barata, em torno de R$ 111 milhões a cada 10 Km, se comparada às outras modalidades de transporte, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que demora cinco anos para ser construído e custa R$ 404 milhões e também o Metrô, com estimativas de nove anos à implementação, a custos de R$ 2 bilhões.
Recentemente, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, comentou que o governo priorizou obras de transporte público que pudessem ser concluídas antes do Mundial e que já tivessem projetos finalizados ou licenças ambientais liberadas. Por conta dessas restrições, projetos como a construção de metrôs em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador não receberão estes recursos.
Fonte: DCI Diário do Comércio e da Indústria/SP