sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Bilhetagem

Histórico

Em 1998, a cidade de Salto no estado de São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a contar com sistema de integração temporal através de bilhetagem eletrônica sem contato, com equipamentos da Empresa 1. Entre as vantagens do sistema estava a possibilidade de permitir a integração tarifária sem a necessidade de construção e manutenção de terminais de transbordo.

Cidades com Bilhetagem Eletrônica em abril de 2006

Águas da Prata-SP
Alumínio-SP
Ananindeua-PA
Angra dos Reis-RJ
Barretos-SP
Belém-PA
Benevides-PA
Bertioga-SP
Betim-MG
Boa Vista-RR
Cabo Frio-RJ
Cachoeira do Sul-RS
Cajamar-SP
Campinas-SP
Campinas (suburbano)-SP
Campo Grande-MS
Campo Limpo Paulista-SP
Catanduva-SP
Caxias do Sul-RS
Colatina-ES
Criciúma-SC
Cubatão-SP
Cuiabá e Várzea Grande-MT
Curitiba-PR
Feira de Santana-BA
Florianópolis-SC
Fortaleza-CE
Franca-SP
Franco da Rocha-SP
Garanhuns-PE
Goiânia-GO
Governador Valadares-MG
Guarujá-SP
Guarulhos (urbano)-SP
Guarulhos (metropolitano)-SP
Ilhéus-BA
Itabuna-BA
Itajubá-MG
Itanhaém-SP
Itapevi-SP
Itaquaquecetuba-SP
Itirapina-SP
Jaboticabal-SP
Jaguariúna-SP
João Monlevade-MG
João Pessoa (metropolitano)-PB
Joinville-SC
Lavras-MG
Limeira-SP
Londrina-PR
Lins-SP
Macapá-AP
Maceió-AL
Mairinque-SP
Marília -SP
Maringá-PR
Marituba-PA 
Matão-SP
Mogi das Cruzes-SP
Mogi Guaçu-SP
Mogi Mirim-SP
Mogi Mirim-SP
Monte Mor e Hortolândia-SP
Mossoró-RN
Natal-RN
Novo Hamburgo-RS
Ourinhos-SP
Paracatu-MG
Patos de Minas-MG
Pederneiras-SP
Peruíbe-SP
Piracicaba-SP
Pouso Alegre-MG
Praia Grande-SP
Presidente Prudente-SP
Recife-PE
Rezende-RJ
Ribeirão Preto-SP
Ribeirão Preto (metropolitano)-SP
Rio Claro-SP
Rio de Janeiro-RJ
Rondonópolis-MT
Salto-SP
Salvador-BA
Santana-AP
Santo André-SP
Santa Bárbara-PA
Santos-SP
São Bernardo do Campo-SP
São Carlos-SP
São João da Boa Vista-SP
São José do Rio Preto-SP
São José dos Campos-SP
São Paulo-SP
São Vicente-SP
Sertãozinho-SP
Sete Lagoas-MG
Sorocaba (suburbano)-SP
Sorocaba (urbano)-SP
Taboão da Serra-SP
Taubaté-SP
Teófilo Otoni-MG
Teresópolis-RJ
Tramandaí-RS
Umuarama-PR
Varginha-MG
Várzea Paulista-SP
Vitória-ES
Votorantim-SP

Fonte: NTU - Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano.


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Empresas

Pesquisa revela perfil das empresas de ônibus do transporte coletivo urbano no Brasil

23/08/2023 - Portal do Trânsito

Por Pauline Machado

O estudo inédito detalha de forma minuciosa as características das empresas em aspectos como frota, operação, mão de obra e investimentos.

Divulgação

O principal responsável pelo deslocamento de passageiros no país – o segmento de transporte coletivo urbano, conta, atualmente, com 1.577 empresas de ônibus urbanos em operação no Brasil e, aproximadamente, 107 mil ônibus.

Para retratar tanto a dimensão e a essencialidade do serviço prestado pelo setor, que gera cerca de 315 mil empregos diretos e que enfrenta uma forte crise iniciada há quase três décadas, quanto os desafios que o atingem, a Confederação Nacional do Transporte lançou no início de agosto, a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros.

O estudo inédito – que contou com o apoio da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU, detalha de forma minuciosa as características das empresas em aspectos como: frota, operação, mão de obra e investimentos.

Apresenta ainda questões relacionadas às gestões ambientais e de riscos e formas de pagamento, bem como os impasses relacionados à política tarifária vigente. A visão das empresas assim como os principais desafios do setor fecham o escopo da sondagem. As informações foram fornecidas por empresários do segmento no primeiro semestre deste ano, com a realidade do transporte rodoviário urbano de passageiros de todas as regiões do Brasil.

Pareceres

Os resultados revelam que as empresas de grande porte, ou seja, aquelas que comportam mais de cem funcionários, são maioria no segmento e representam 82,2% do total. Também prevalecem as as empresas que têm mais de 20 anos de atuação no mercado, com 84,5%.

O estudo também apurou que para mais da metade das empresas (59,8%), a origem familiar do negócio é a motivação para operar no ramo.

Do total da amostra, 69,0% afirmaram que atuam exclusivamente no segmento de transporte urbano de passageiros, enquanto 19% disseram atuar em outra modalidade e passaram, posteriormente, a trabalhar com o transporte urbano de passageiros.

Desafios

A questão do custeio da atividade ganha destaque para 36,2% das empresas que afirmaram ter a tarifa paga pelo usuário como a principal remuneração, e, por 51,1% que carecem de qualquer subsídio público.

Outro ponto de alerta é a violência, que afeta a maioria das operadoras do setor: 59,2% foram vítimas de assalto bem como 40,2% sofreram atos de depredação no último ano, sendo que uma em cada cinco – o que equivalente a 20%, tiveram veículos incendiados no período.

Relevância

De acordo com os especialistas, o levantamento contribui para dar visibilidade à importância do transporte urbano de passageiros e serve também para auxiliar os transportadores nas tomadas de decisão e nos seus planejamentos de longo prazo, bem como na definição de suas estratégias comerciais.

Já para os governos locais, a pesquisa ajuda a definir a priorização de investimentos no setor assim como, consequentemente, a alocação de esforços.

Conforme a pesquisa, os dados apresentados também são importantes como apoio na elaboração de planos e políticas de mobilidade urbana que atendam as reais necessidades da sociedade e do setor. Dessa forma, impactando-os de forma assertiva.

Resumo

Veja os dados relevantes do estudo sobre o perfil das empresas do transporte rodoviário urbano no Brasil:

Tarifa

36,2% têm a tarifa paga pelo passageiro como a única forma de remuneração definida em contrato;
51,1% não recebem qualquer subsídio do governo;
56,9% consideram a dificuldade em reajustar o valor das tarifas como principal problema;
18,5% dos passageiros recebem algum tipo de benefício tarifário.

Pagamento

91,4% utilizam o sistema de bilhetagem eletrônica;
75,8% implementaram pagamento com cartão de transporte como forma de substituição ao cobrador;
90,2% têm pelo menos uma linha da frota operando sem a função de cobrador.

Sustentabilidade

74,7% monitoram o consumo de combustível;
74,1% acompanham a geração de resíduos.

Violência

59,2% foram vítimas de assalto no último ano;
40,2% sofreram atos de depredação no último ano;
20,1% tiveram veículos incendiados no último ano.

Custos

74,1% consideram o preço do diesel a principal dificuldade enfrentada;
72,4% indicaram a manutenção do veículo como o fator que mais sobrecarrega os custos das empresas

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Brasil

Histórico

Em 1986 circulavam no Brasil cerca de 700 ônibus Padron e quase 100 articulados. Segue uma amostragem da frota nas principais capitais:

CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – São Paulo
270 Padron Volvo B 58
23 Padron Scania K 112

Viação Bola Branca – São Paulo
2 articulados Volvo B 58 E

CTC  - Companhia de Transportes Coletivos – Rio de Janeiro
126 Padron Volvo B 58

TRANSURB – Empresa de Transportes Urbanos de Goiás
46 Padron Volvo B 58
4 articulados Scania B 111

CTU – Companhia de Transportes Urbanos  - Recife
15 Padron Volvo B58

TCB – Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília
20 articulados Scania B 111

Auto Viação Pioneira – Brasília
10 articulados Scania B 111

Auto Viação Nossa Senhora do Carmo – Curitiba
10 articulados Volvo B 58 E

Sociedade de Ônibus Portoalegrense – Porto Alegre
10 articulados Volvo B 58 E

Sudeste Transportes Coletivos – Porto Alegre
30 articulados Volvo B 58 E

AVA – Auto Viação Americana – Americana-SP
2 articulados Scania B 111
2 articulados Volvo B 58 E

Viação Forte Ltda. - Ananindau-PA
4 articulados Volvo B 58 E

Em janeiro de 1988, o presidente José Sarney extingue a EBTU e o Geipot.


Divulgação em outubro de 2023

Divulgação em outubro de 2023


REFERÊNCIAS:

Comissão de Estudo de Ônibus da Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP. Relatórios Técnicos do VI Congresso Nacional de Transporte Público. 1987.

TELLES, Adilson. Linhas Expressas. Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. 06 abril 1990. p.14.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Subsídio

Histórico

Desde 2015 o transporte coletivo foi alçado à condição de direito social na constituição federal, ao lado de saúde, educação, habitação entre outros.

Em 2016, o subsídio era realidade em 12 cidades brasileiras.

Segundo estudo da Confederação Nacional dos Transportes CNT), divulgado em 8 de agosto de 2023, antes da crise sanitária, 25 sistemas de ônibus urbanos tinham subsídios, número que foi ampliado para 63 até julho de 2023, passando de 132 para 163 cidades atendidas. 

Sistemas com subsídio, exceto cidades com tarifa zero

                São Paulo
                Curitiba
                Goiânia
2010        Brasília
2022        Rio de Janeiro
2022        Macapá
2023        Belo Horizonte
2023        Salto

Sistemas em estudos

2023        Niterói
2023        Bento Gonçalves, RS
2023        Entorno de Brasília

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Subsídio

Cresce o número de cidades com subsídio a empresas de ônibus após pandemia

08/08/2023 - Estado de Minas

Por Fábio Pescarini, Folhapress

Segundo estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), divulgado nesta terça-feira (8/8), apenas 25 sistemas de ônibus tinha subsídio antes da pandemia

De acordo com o levantamento, quando questionadas, ao menos 39,1% das empresas entrevistadas disseram receber dinheiro governamental. Foto Ramon Lisboa/EM/D.A Press

A pandemia de Covid-19 reduziu diretamente a quantidade de passageiros no transporte coletivo e fez crescer o número de cidades que pagam subsídios, ou seja, injetam dinheiro público nas empresas de ônibus urbanos quando a tarifa paga pelos passageiros é considerada insuficiente para custear o sistema.

Segundo estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), divulgado nesta terça-feira (8/8), antes da crise sanitária, 25 sistemas de ônibus urbanos tinham subsídios, número que foi ampliado para 63 até julho de 2023, passando de 132 para 163 cidades atendidas.

Entre fevereiro de 2020 e maio de 2022 foram implementadas 153 ações pontuais de concessão de recursos públicos para tentar diminuir o impacto da pandemia no transporte público e garantir a continuidade da oferta do serviço.

De acordo com o levantamento, quando questionadas, ao menos 39,1% das empresas entrevistadas disseram receber dinheiro governamental. Outros 51,15% não contam com aporte público e 9,8% não souberam ou não quiseram responder.

A região Centro-Oeste é a que concentra mais subsídios: 66,7% das empresas disseram receber verba de governo. Sudeste e Sul têm os menores percentuais, com 36,8% e 26,5%, respectivamente.

"O incremento das medidas de trabalho remoto e híbrido, como home office, fez com que muitas viagens deixassem de ser realizadas de modo definitivo", afirma o estudo.

O estudo mostra que houve uma queda de 32,6% no número de viagens entre 2019 (pré-pandemia) e 2021. A tarifa na cidade de São Paulo, por exemplo, está congelada em R$ 4,40 desde 2020.

O subsídio pago pela prefeitura às empresas de ônibus para compensar prejuízos com tarifa e algumas gratuidades disparou no ano passado. Segundo relatório anual da SPTrans, estatal que gerencia o transporte público municipal na capital paulista, pouco mais de R$ 5,1 bilhões saíram dos cofres públicos em 2022.

No ano anterior, de acordo com o documento, o recurso foi de pouco mais de R$ 3,4 bilhões —em cifras sem atualização pela inflação.

A Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 - Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros, que contou com apoio da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), foi realizada por meio de questionário estruturado em entrevista por telefone, email e formulário eletrônico, entre 3 de abril a 12 de maio de 2023.

Ao final, 174 entrevistas acabaram validadas. A margem de erro dos dados é de 5,5 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança. De acordo com o estudo, o setor conta com 1.577 empresas de ônibus urbanos em operação no Brasil e, aproximadamente, 107 mil ônibus.

O trabalho, de 128 páginas, explica que o ônibus responde por aproximadamente 90% do transporte coletivo do país.

"A pesquisa mostra as principais características, dificuldades e benefícios prestados pelas empresas do transporte rodoviário urbano de passageiros em todo o país", afirma Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.

"Esse serviço vem sofrendo com atuações concorrentes de empresas irregulares, aumento da violência, falta de priorização no espaço urbano e forte elevação de custos. Ainda assim, movimenta milhões de passageiros todos os dias, gera milhares de empregos e contribui significativamente para o desenvolvimento do Brasil", completa.

O relatório faz uma espécie de radiografia da gestão das concessionárias. O documento mostra, entre outros, que as empresas de grande porte, ou seja, com mais de cem funcionários, são maioria no segmento e representam 82,2% do total.

A origem familiar do negócio é constatada em pouco mais da metade das empresas (59,8%) e 56,9% delas consideram a dificuldade em reajustar o valor das tarifas como principal problema. O estudo ainda aborda a violência.

Das empresas entrevistadas, 59,2% disseram ter sido vítimas de assaltos no último ano. Também ao serem questionadas, 40,2% afirmaram que no mesmo período sofreram depredações e 20,1% tiveram veículos incendiados.

A falta de segurança pública é apontada no estudo entre os fatores que sobrecarregam os custos do transporte público.

"[Assalto e vandalismo] são alguns exemplos de custos que oneram o serviço, mas não estão sob a influência da gestão operacional das empresas", aponta o documento, que cita que 81,6% das concessionárias entrevistadas têm câmeras no interior dos coletivos.

Ao todo, 90,2% das concessionários afirmaram ter veículos que circulam sem cobradores (60,5% adotam esse modelo em toda a frota). O documento lembra que essa é uma realidade que vem sendo adotada por diversas cidades nas últimas décadas, motivada pela adesão de passageiros a meios eletrônicos de pagamentos.

Nas entrevistas, 91,4% das empresas informaram disponibilizar sistema de bilhetagem eletrônica para pagamento de tarifa.

O estudo diz que a retirada do cobrador, além de proporcionar maior segurança à operação, pois desestimula o pagamento em dinheiro, reduz a probabilidade de assaltos e gera maior agilidade nos processos de embarque e desembarque.

Mesmo assim, atraso é apontado como maior queixa de usuários. Apesar de gerar cerca de 315 mil empregos diretos, o setor demitiu mais de 90 mil pessoas, apenas entre 2020 e 2021.

Nas ruas, são vistos mais modelos básicos de ônibus (34,6%) e há frota é bem rodada — a maioria dos modelos tem mais de sete anos de vida, em média. Em tempos de eletrificação dos veículos nas ruas, 99,89% dos ônibus que rodam pelo país são movidos a diesel. A parcela de elétricos é de 0,04%, a mesma dos híbridos.

De acordo com as empresas, 67,8% disseram não usar corredores exclusivos — apenas 6,3% rodam mais de 20% nestas faixas apenas para ônibus.

"Esses resultados reforçam a necessidade de implementação de políticas mais abrangentes de priorização do sistema de transporte público coletivo no Brasil", afirma o relatório.