quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Cartão Mastercard começa a ser aceito em trens e ônibus brasileiros

13/10/2016 - Tecnoblog

Por Emerson Alecrim

Já aconteceu, mais de uma vez, de eu entrar em um ônibus da capital paulista e passar o cartão de crédito no validador em vez do Bilhete Único. Em breve, isso não será mais sinônimo de pagar mico: a Mastercard lançou, nesta semana, um programa piloto para testar o uso de cartão de crédito ou débito no transporte público do Brasil.

O procedimento é semelhante ao que eu descrevi: você entra no terminal de embarque ou no ônibus, aproxima o cartão do validador que tem o símbolo da Mastercard e faz o pagamento da tarifa no mesmo instante, sem digitação de senha.

Por conta desse modo de funcionamento, o sistema só aceitará cartões que têm contactless payment, isto é, tecnologia de pagamento por aproximação (NFC, para ser exato). Estes podem ser identificados com um pequeno símbolo de transmissão.

Esse tipo de cartão ainda é pouco conhecido no Brasil, mas a Mastercard vem fechando parcerias com bancos como a Caixa Econômica Federal e operadoras de cartões como a Acesso (especializada em cartões pré-pagos) para ampliar o número de unidades com tecnologia contactless no país.

Mastercard Contactless

Segundo a Mastercard, também será possível fazer o pagamento da tarifa via celular, mas, inicialmente, essa opção estará disponível apenas para quem tem conta no Samsung Pay.

Na primeira fase de testes, que começa já neste mês, o pagamento via cartão será aceito em São Paulo, na linha de ônibus Diadema — Brooklin, operada pela Metra. O Rio de Janeiro também foi incluído no programa com a linha de trem Deodoro — Central do Brasil, da SuperVia. Em novembro, a tecnologia começará a ser testada em Curitiba a partir dos ônibus associados ao sistema Metrocard.

A Mastercard tem planos ousados para a tecnologia. A expectativa da empresa é levar o pagamento via cartão de crédito ou débito aos sistemas de transporte das principais cidades do país — incluindo o metrô de São Paulo e o metrô do Rio de Janeiro — até o final de 2017.

Vários aspectos precisam ser avaliados e ajustados, como o tempo gasto entre cobrança e liberação da passagem (um único segundo a mais que a média é suficiente para causar atrasos, só para você ter ideia), a leitura correta do cartão e, claro, a segurança da tecnologia — para evitar problemas, o sistema só validará transações de até R$ 50.

Mas experiência no assunto a Mastercard tem e isso, certamente, fará diferença. A tecnologia de contactless payment da companhia já está em uso, por exemplo, em serviços de transporte público de Madrid, Londres e Singapura.

No Brasil, é fácil compreender o interesse da Mastercard: a companhia estima que os principais sistemas de transporte público do país movimentem, juntos, cerca de R$ 80 bilhões por ano, com 30% desse total sendo pago com dinheiro em espécie. A empresa já realiza experimentos por aqui. Em Jundiaí, interior de São Paulo, um sistema semelhante está em operação desde março, com a diferença de que ali é necessário digitar senha.

Se a ideia vingar, haverá pelo menos duas vantagens: redução do dinheiro “vivo” que circula nos sistemas de transportes, diminuindo o risco de assaltos; e comodidade ao usuário, que não precisará comprar bilhetes ou fazer recargas — em São Paulo, por exemplo, o Bilhete Único funciona bem, tanto nos ônibus quanto no transporte sobre trilhos, mas o número insuficiente de pontos de recarga faz filas grandes serem comuns nesses locais.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Empresa inicia estudos para implantação do Transporte BRT no Amapá

09/10/2016  - Diário do Amapá

Uma empresa especializada vai iniciar estudos de viabilidade para implantação do sistema de transporte Bus Rapid Transit (BRT), em Macapá. A ideia é reduzir o tempo de viagem dentro da região metropolitana da capital. O assunto foi discutido nesta sexta-feira, 7, no Palácio do Setentrião.

O sistema é estudado pelo Governo do Amapá por ser uma solução de transporte público que apresenta melhorias na mobilidade urbana, devido a agilidade no trânsito que reduz o tempo de viagem entre essas regiões. “O BRT é um dos itens do Plano de Mobilidade Urbana que estamos construindo para melhorar a trafegabilidade na região metropolitana”, informou o governador Waldez Góes.

O BRT é uma alternativa de transporte coletivo de massa, que utiliza uma faixa exclusiva para deslocação com terminais e estações – paradas específicas, por isso o tempo de viagem é reduzido. “É um modelo adotado em outra cidades e que apresentam bons resultados, iniciamos a conversa e vamos aprofundar os estudos sobre a viabilidade do sistema”, explicou o secretário de Estado das Cidades, Alcir Matos.

O sistema tem como público-alvo a população que precisa deslocar-se da zona sul para a norte de Macapá, e dentro da Região Metropolitana de Macapá, que inclui a capital e os municípios de Santana e Mazagão, beneficiando principalmente o trabalhador, que necessita de um transporte coletivo rápido para o deslocamento até o trabalho.

O estudo para adesão do sistema identificará qual modelo de BRT é mais adequado para Macapá, as empresas interessadas na concessão e a demanda de passageiros. Posteriormente será feito um Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental para identificar onde as vias exclusivas poderão ser implantadas.

BRT

O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de ônibus rápido, com serviço semelhante ao do metrô. Utiliza veículos maiores, articulados e com capacidade para até 270 pessoas. Foi implantado em Curitiba e posteriormente expandiu para mais de 200 cidades em diversos países. Além da agilidade e desafogamento do trânsito, o BRT apresenta redução nas emissões de C02 e bons resultados na melhoria da mobilidade urbana das cidades onde foi implantado