sábado, 20 de outubro de 2012

Aprovado regime de incentivos ao transporte coletivo urbano

18/10/2012 - Agência Senado, Paulo Sérgio Vasco

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aprovou nesta quarta-feira (17) o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 310/2009, que institui o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (Reitup).
O projeto prevê redução de tributos incidentes sobre a prestação desses serviços e na aquisição de insumos neles empregados, condicionada à implantação de regime de bilhete único ou de sistema de transporte estruturado e integrado física e tarifariamente.
Os beneficiários diretos da desoneração fiscal serão as pessoas jurídicas prestadoras dos serviços de transporte público de passageiros por meio de ônibus, micro-ônibus, metrô, trem metropolitano e trólebus, desde que cumpram os requisitos estabelecidos como contrapartidas à fruição dos benefícios.
Relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o PLS 310/2009 ainda será votado em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Reduções
O projeto prevê redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep, e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), incidentes sobre o faturamento dos serviços. Também estipula redução a zero da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a aquisição de óleo diesel a ser utilizado na prestação dos serviços de transporte coletivo público urbano e metropolitano.
Também está prevista redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, incidentes na aquisição, com origem em produtor nacional ou importador, de óleo diesel, gás veicular, combustíveis renováveis e não poluentes, chassis, carrocerias, veículos, pneus e câmaras de ar, desde que utilizados diretamente na prestação dos serviços.
O projeto também propõe a mesma condição tributária para a energia elétrica utilizada na alimentação, tração e funcionamento de metrôs, trens metropolitanos e trólebus, na operação dos centros de controle e das estações, e na iluminação de terminais e abrigos de passageiros.
Preve ainda regime especial de cálculo e cobrança da parcela devida pela empresa relativamente à contribuição destinada à Seguridade Social e ao financiamento da aposentadoria especial, consistente na aplicação das alíquotas, respectivamente, de 3,5% e 0,5% sobre o montante total da receita bruta da empresa.
Requisitos
Para aderir ao Reitup, os estados, Distrito Federal e municípios deverão cumprir alguns requisitos, como a assinatura de convênio com o Ministério das Cidades; delegação do serviço em conformidade com a legislação de concessões; e instalação de conselho de transporte, com participação da sociedade civil.
Já as empresas beneficiárias deverão comprovar a existência de contrato de concessão ou permissão com ente público que atenda aos requisitos anteriores; e a adesão, mediante termo de compromisso com força de título executivo extrajudicial, aos termos do convênio entre o ente outorgante e a União.
As empresas deverão ainda contar com a aprovação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que ainda poderá estabelecer regras especiais de fiscalização e controle sobre as operações beneficiadas.
Cofins e PIS/Pasep
A CI também aprovou substitutivo ao PLS 336/2011, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), para permitir a exclusão, da base de cálculo da Cofins e PIS/Pasep dos valores repassados aos associados decorrentes da prestação de serviço de transporte de passageiros, inclusive o de transporte escolar, intermediado por cooperativa. A matéria ainda será apreciada em caráter terminativo pela CAE.
O projeto tramitava com o PLS 400/11, que procurava estender o beneficio às cooperativas de transporte de carga, além de conceder benefício tributário ao taxista autônomo. O projeto foi rejeitado pelo relator da matéria, senador Walter Pinheiro (PT-BA), sendo seu teor incorporado ao substitutivo.
De acordo com o texto aprovado, quando o contribuinte auferir rendimentos da prestação de serviços de transporte, em veículo próprio locado, ou adquirido com reservas de domínio ou alienação fiduciária, o imposto de renda incidirá sobre 20% do rendimento bruto decorrente da atividade. Atualmente, a incidência do imposto é sobre 60% do total.
Convênios
Outro projeto aprovado, que também será apreciado em caráter terminativo pela CAE, é o PLS 170/12 – Complementar, de autoria de Ricardo Ferraço, que regula a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais relacionados á circulação de mercadorias e serviços serão concedidos e revogados, conforme disposto nos artigos 150, parágrafo 6º, e 155, parágrafo 2º, inciso XII, alínea g, da Constituição Federal.
A proposição visa substituir a Lei Complementar 24/1975, que dispõe sobre os convênios para concessão de isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias. A norma regulou o parágrafo 6º do artigo 23 da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda Constitucional 1/69, segundo o qual as isenções do imposto serão concedidas ou revogadas nos termos fixados em convênios, celebrados e ratificados pelos estados, segundo o disposto em lei complementar. O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, em diversas oportunidades, que a referida lei foi recepcionada pela Constituição de 1988.
Transporte coletivo
A comissão aprovou ainda o PLS 268/2012, que concede isenção da Cofins e do PIS/Pasep incidente sobre veículos utilizados no transporte coletivo de passageiros.
A proposta, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), teve Ricardo Ferraço como relator ad hoc, também será submetida a exame da CAE, em caráter terminativo.
O projeto oferece isenção das parcelas referentes ao PIS/Pasep e à Cofins na aquisição de veículos com capacidade maior que dez passageiros, quando estes servirem para o transporte coletivo de passageiros.
O projeto, porém, determina a nulidade da isenção, bem como a devolução dos respectivos valores com seus eventuais acréscimos legais, nos casos em que os veículos beneficiados forem revendidos com menos de cinco anos de sua aquisição; não forem utilizados para o transporte coletivo de passageiros; ou forem descaracterizados.


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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Marcopolo lança ônibus Audace e amplia sua linha de modelos rodoviários/intermunicipais

04/10/2012 - segs.com.br

MARISTELA SECCO

Nova opção para os operadores proporciona maior conforto, ergonomia e segurança, com menor custo de operação

A Marcopolo amplia a sua linha de ônibus rodoviários e intermunicipais com o lançamento do novo modelo Audace. O objetivo é oferecer uma solução diferenciada para os segmentos de fretamento contínuo, fretamento receptivo e linhas regulares de média e curta distâncias.

O veículo foi concebido de acordo com os mais recentes conceitos de fabricação que proporcionam melhor aproveitamento do espaço interno, mais conforto, segurança e ergonomia, além de conferirem maior rigidez e resistência estrutural e menor custo operacional para o transporte de passageiros.

Com design futurista, identidade da empresa, o Audace foi desenvolvido para complementar a já conceituada linha de rodoviários, composta pelos modelos Paradiso, Viaggio e Ideale.

Visual inédito e arrojado

A principal característica externa do Audace é o seu arrojado design, com novos para-brisas e vidros colados, que ampliam a visibilidade para os passageiros e para o motorista, assim como o conjunto ótico, com LEDs nas luzes de direção e de posição e faróis de neblina opcionais. Na traseira, recebeu lanternas integrais e delimitadores exclusivos, também em LEDs, o que amplia a segurança. A adoção de LEDs nas sinaleiras aumenta a eficiência luminosa e, por terem maior vida útil, ampliam os intervalos de troca/manutenção.

Internamente, a grande novidade é o alto padrão de conforto e ergonomia. O Audace ganhou inédita porta do tipo In-Swing, que se desloca para a parte interna do veículo e oferece maior segurança e funcionalidade na operação, além da escada com novo desenho dos degraus, que tornam a operação de entrada e saída mais confortável e agradável. A segurança também é garantida pelos corrimãos posicionados de forma mais acessível e pela iluminação em LEDs. A parede de separação do salão de passageiros e da cabine do motorista também é inovadora, projetada com desenho funcional que permite o melhor aproveitamento do espaço interno do posto do motorista.

A iluminação do salão de passageiros é toda em LEDs, com luzes indiretas para maior comodidade e sofisticação. Os LEDs estão presentes também nas luzes de leitura dos porta-focos, que contam ainda com saídas individuais para o sistema de ar-condicionado.

Para maior conforto, o Audace apresenta novas poltronas executivas, mais largas, com 1.030 mm, que proporcionam fácil acesso. Outra novidade está na padronagem mais arrojada e moderna dos tecidos das poltronas, das laterais e dos porta-pacotes. O veículo conta ainda, como item opcional, com monitores de 15 polegadas posicionados no teto ao longo de todo o salão para possibilitar aos passageiros melhor visibilidade de qualquer poltrona.

Outra inovação do Audace, para maior conforto dos passageiros, é o avançado sistema de renovação de ar natural. O ar-condicionado proporciona maior eficiência na climatização de todo o ambiente, pois conta com novos dutos integrados ao teto e chicote elétrico separado, para melhor funcionamento.

Tecnologia de ponta

A grande área envidraçada nas portas do Audace e nas paredes de separação permitiu aumentar o campo visual e a sensação de bem-estar dos passageiros. A porta de acesso ao salão, que abre para o lado de fora, facilita o deslocamento dos passageiros sem interferir nas poltronas e a fechadura possui acionamento suave e confortável.

A cabine do motorista também tem desenho inovador, com inédita parede curva e ótimo acesso ao posto do motorista, facilitando o deslocamento de sua poltrona e proporcionando maior espaço e melhor dirigibilidade. As linhas do acabamento interior da cabine seguem as tendências automobilísticas, com materiais e texturas mais "amigáveis" e modernos.

O painel incorpora todos os instrumentos, como o display da câmera de ré, câmeras internas e o sistema multiplex (funções conjugadas de todos os equipamentos do ônibus), com design dos comandos projetado para facilitar o alcance e a reação do motorista durante a viagem.

O novo Audace estará disponível nas versões 4x2, com até 12.700 mm de comprimento e 3.200 mm de altura e tem capacidade para transportar de 46 a 49 passageiros, com ou sem sanitário.



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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cinco cidades onde os ônibus funcionam

Cinco cidades onde os ônibus funcionam

05/09/2012 - Exame

Criação brasileira, o BRT - Bus Rapid Transit - é considerado um ônibus quase tão bom quanto um metrô, mas ainda é raro nas cidades do país, o que deve mudar com a Copa



Como criação tipicamente brasileira, é estranho que tão poucas cidades do país – dá para contar nos dedos das mãos – tenham aderido ao BRT, o chamado Bus Rapid Transit, uma solução de transporte público inventada em Curitiba há quase 40 anos.

Quando criou o BRT, em 1974, o então prefeito da cidade, o arquiteto Jaime Lerner, provavelmente não imaginava que, décadas depois, 130 cidades do mundo estariam utilizando o sistema ou uma variação muito próxima dele, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

De maneira sintetizada, o BRT tenta colocar na superfície o que o metrô faz abaixo dela: regularidade, rapidez e conforto. Para isso, exige – em um plano ideal – algumas características: faixas segregadas dos carros, e pelo menos duas delas, para permitir ultrapassagens; as paradas devem ser como estações, com pagamento antecipado, o que evita filas no embarque; e os coletivos devem ser maiores e articulados, chegando a transportar até 270 pessoas, com controle mais estrito dos horários.

Embora com capacidade pouco inferior ao metrô, são tidos também como transporte coletivo de massa.

O resultado é que, seja em São Paulo, no Rio ou Goiânia (onde são limitados, mas existem), os BRTs são muito melhor avaliados que os ônibus convencionais – tidos muitas vezes como um transporte sucateado, lento e desconfortável – e chegam a rivalizar com o metrô onde este existe.

Abaixo você pode conhecer as cidades brasileiras que acordaram, antes das outras, para o papel do BRT na mobilidade urbana, embora a participação destes ainda seja pequena.

Trinta e oito anos após ser inventado, com uma Copa e Olimpíadas batendo às portas, o Brasil corre para recuperar o tempo perdido. Das 12 cidades do mundial de 2014, nove estão com projetos ou obras engatilhadas, segundo a NTU.

CURITIBA (PR) – 1974



Se foi lá que tudo começou, é razoável que Curitiba mantenha hoje a maior malha de corredores BRT do Brasil: são 81 quilômetros em 6 eixos que ligam todas as áreas da cidade. Mais 10 quilômetros estão em obras. Desta lista, é a única que adota o sistema em larga escala.

Se o BRT conseguiu acompanhar razoavelmente bem o crescimento de Curitiba e da frota de carros – não imune a críticas, claro – foi à base de investimentos que se mantêm até hoje. Quando nasceu, por exemplo, não havia as áreas de ultrapassagens nas estações, o que já foi feito em dois eixos.

Uma das evoluções introduzidas na década passada foram os semáforos inteligentes, que monitoram a aproximação dos coletivos e dão preferência a estes (abrindo um pouco mais cedo ou fechando um pouco mais tarde quando os detectam).

Enquanto muitas cidades olham os ônibus rápidos hoje, Curitiba mira o metrô, que será feito sob um dos eixos BRT. O presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha elogia a iniciativa da capital paranaense em pensar o transporte metroviário a longo prazo. "O que resolve é a multimodalidade: não é o ônibus ou o trem que vão resolver sozinhos. Estamos falando ainda de bicicleta, do pedestre, do micro-ônibus, etc", defende.

GOIÂNIA (GO) – 1976



Nenhuma cidade entendeu tão rápido quanto Goiânia que o sistema projetado em Curitiba era uma maneira eficaz de transporte público de massa. Dois anos depois, o conceito de Jaime Lerner foi inaugurado em Goiânia, na Avenida Anhanguera.

Na imagem ao lado, ônibus da nova frota comprada no ano passado.

Apesar do pioneirismo (na reprodução), os 13,5 quilômetros do Eixo Anhanguera em Goiânia tem data para sumir do mapa: o BRT dará lugar a um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que tem que estar operacional até 2014. Mas não é que a cidade desistiu dos ônibus eficientes – outro corredor BRT será construído no eixo norte-sul da capital goiana.

O caso de Goiânia ilustra a importância em implementar o BRT de maneira completa. Segundo a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia, o acúmulo de ônibus nas paradas – onde não há ultrapassagem e com um movimento que só aumentou nas últimas décadas – acaba limitando a velocidade média do corredor, que já foi melhor. Hoje é de 17km/h. O VLT poderá atingir um pouco mais: 24km/h.

UBERLÂNDIA (MG) – 2006



Única cidade com menos de um milhão de habitantes com BRT, a mineira Uberlândia, com pouco mais de 600 mil pessoas, tem um corredor de 7,5 quilômetros na Avenida João Naves de Ávila há seis anos. Outros municípios brasileiros possuem faixas exclusivas, mas não atendem a todos os critérios de um BRT.

Levando o preceito de ser na superfície o que o metrô é abaixo da terra, até mesmo shopping em uma das estações o BRT de Uberlândia tem, o que deve soar familiar para moradores de São Paulo.

A imagem ao lado mostra uma das vantagens do sistema: a acessibilidade. Deficientes físicos adentram o coletivo tão rápido quanto os demais passageiros, já que as estações são elevadas.

O corredor deu tão certo que o governo já tem mais quatro projetos aguardando verba do governo federal.

SÃO PAULO (SP) – 2007



Dominante em Curitiba, o uso do BRT em São Paulo não chega nem perto de fazer cosquinha no metrô: os 9,7 quilômetros do primeiro transportam 81 mil pessoas diariamente, segundo a SPTrans, enquanto os 74 quilômetros do transporte subterrâneo dão conta de 4,5 milhões de viagens todos os dias.

Mas quando se trata de avaliação, o único corredor BRT da cidade se sai até melhor. Na última pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 81% dos passageiros acham o Expresso Tiradentes excelente ou bom, índice que cai para 74% no metrô. Os ônibus convencionais ficaram com 40%.

O tempo de viagem entre o Terminal Sacomã e o Parque Dom Pedro II foi enormemente encurtado: caiu de 70 para 14 minutos, segundo a SPTrans.

Em relação ao BRT "ideal", o Expresso Tiradente perde apenas porque foi construído em via elevada. "Deveria ser na (altura da) rua, porque tem vantagem do ponto de vista da acessibilidade. Mas em relação a velocidade, o benefício foi plenamente atingido", afirma Otávio Cunha, da NTU.

RIO DE JANEIRO (RJ) – 2012



Como diz a máxima, quem ri por último, ri melhor. Quando se trata de BRT, o Rio de Janeiro pode ter chegado atrasado, mas saiu na frente na nova leva de munícipios onde o sistema está sendo implantado por causa da Copa. O Transoeste foi inaugurado em junho.

O Rio segue as regras dos BRTs, a mais importante delas sendo as vias com ultrapassagem, que permitem a existência de linhas expressas e semiexpressas. Quem quer ir de uma ponta a outra o pode fazer sem demoras.

Em pesquisa realizada pelo Instituto Mapear, a aprovação chegou a 90%, resultado de quem demorava até 2h30 no trajeto entre Santa Cruz e Barra da Tijuca e agora o faz em 40 minutos.

Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada, como em metrôs. Os GPS nos ônibus permitem que se saiba quando chegarão às estações, como em outros BRTs desta galeria. Mas o governo precisará resolver os atropelamentos, que têm sido constantes.

Na capital carioca, mais três corredores estão em construção para serem inaugurados até o Mundial de 2014 e as Olimpíadas.

*Publicado na Exame, em 05/09/2012.



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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Modelos de ônibus BRT se inspiram nos trens-bala 22/08/2012 - Motor Dream Com os altos custos e a demora da construção de linhas de metrô, a tendência nas grandes cidades brasileiras é a implantação dos BRT – Bus Rapid Transit. O sistema, para transporte rápido de passageiros através de corredores exclusivos para ônibus, já foi escolhido por diversas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e também pelo Rio de Janeiro para as Olímpiadas de 2016. O primeiro BRT do mundo foi feito em Curitiba, em 1974, e já trazia a essência do serviço: criar uma faixa exclusiva nas ruas para o trânsito de ônibus em alta velocidade e sem grandes congestionamentos. E, para difundir com sucesso esse tipo de tecnologia no Brasil, é preciso que fabricantes de chassi e encarroçadoras desenvolvam ônibus específicos. Caso da Marcopolo, que acaba de lançar o Viale BRT, uma opção articulada já adequada ao sistema. Segundo a encarroçadora gaúcha, o desenvolvimento do novo modelo urbano consumiu dois anos de pesquisa. Projetado primariamente para o mercado brasileiro, o Viale BRT também está sendo adaptado para o uso em outros países do Mercosul. De acordo com a Marcopolo, o principal diferencial da nova carroceria é o seu design. De fato, o Viale é bastante diferente dos ônibus que circulam nas grandes cidades brasileiras. Com desenho inspirado nos trens-bala, embora sem a mesma aerodinâmica, o modelo é bastante contemporâneo. O para-brisa dianteiro é amplo e único, melhorando a área de visão do motorista. Ainda na parte dianteira, destacam-se os faróis em formato triangular com lanternas e luzes diurnas em leds – é o único ônibus no Brasil a contar com essa tecnologia. Os retrovisores são incorporados à carroceria e recebem também os repetidores de seta. Na lateral, o articulado conta com a área envidraçada com um formato curvo. O sistema de ar-condicionado é incorporado ao teto nas duas seções do ônibus. A traseira conta com lanternas horizontais também em leds. Em um primeiro momento, o Viale BRT virá apenas na versão articulada. Assim, ele conta com comprimento máximo de 21 metros, largura de 2,6 m, altura externa de 3,56 m e altura interna de 2,3 m e tem capacidade para levar 145 passageiros. A Marcopolo também irá fazer versões do Viale BRT com comprimento de 13,2 metros e outra bi-articulada com até 28 metros. Como itens tecnológicos, o novo modelo oferece como opcionais GPS, televisão digital, internet sem fio, câmaras de segurança e computador de bordo. A Marcopolo também disponibiliza o Sistema de Gerenciamento de Frota, que permite que o frotista acesse informações em tempo real, via internet, sobre o ônibus. E fique sabendo onde está o veículo e se ele está funcionando corretamente. Com produção prevista para iniciar em novembro, a carroceria Viale BRT, fabricada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, tem custo estimado entre R$ 300 mil e R$ 320 mil.

22/08/2012 - Motor Dream

Com os altos custos e a demora da construção de linhas de metrô, a tendência nas grandes cidades brasileiras é a implantação dos BRT – Bus Rapid Transit. O sistema, para transporte rápido de passageiros através de corredores exclusivos para ônibus, já foi escolhido por diversas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e também pelo Rio de Janeiro para as Olímpiadas de 2016. O primeiro BRT do mundo foi feito em Curitiba, em 1974, e já trazia a essência do serviço: criar uma faixa exclusiva nas ruas para o trânsito de ônibus em alta velocidade e sem grandes congestionamentos. E, para difundir com sucesso esse tipo de tecnologia no Brasil, é preciso que fabricantes de chassi e encarroçadoras desenvolvam ônibus específicos. Caso da Marcopolo, que acaba de lançar o Viale BRT, uma opção articulada já adequada ao sistema.

Segundo a encarroçadora gaúcha, o desenvolvimento do novo modelo urbano consumiu dois anos de pesquisa. Projetado primariamente para o mercado brasileiro, o Viale BRT também está sendo adaptado para o uso em outros países do Mercosul. De acordo com a Marcopolo, o principal diferencial da nova carroceria é o seu design. De fato, o Viale é bastante diferente dos ônibus que circulam nas grandes cidades brasileiras. Com desenho inspirado nos trens-bala, embora sem a mesma aerodinâmica, o modelo é bastante contemporâneo. O para-brisa dianteiro é amplo e único, melhorando a área de visão do motorista. Ainda na parte dianteira, destacam-se os faróis em formato triangular com lanternas e luzes diurnas em leds – é o único ônibus no Brasil a contar com essa tecnologia. Os retrovisores são incorporados à carroceria e recebem também os repetidores de seta. Na lateral, o articulado conta com a área envidraçada com um formato curvo. O sistema de ar-condicionado é incorporado ao teto nas duas seções do ônibus. A traseira conta com lanternas horizontais também em leds.


Em um primeiro momento, o Viale BRT virá apenas na versão articulada. Assim, ele conta com comprimento máximo de 21 metros, largura de 2,6 m, altura externa de 3,56 m e altura interna de 2,3 m e tem capacidade para levar 145 passageiros. A Marcopolo também irá fazer versões do Viale BRT com comprimento de 13,2 metros e outra bi-articulada com até 28 metros.

Como itens tecnológicos, o novo modelo oferece como opcionais GPS, televisão digital, internet sem fio, câmaras de segurança e computador de bordo. A Marcopolo também disponibiliza o Sistema de Gerenciamento de Frota, que permite que o frotista acesse informações em tempo real, via internet, sobre o ônibus. E fique sabendo onde está o veículo e se ele está funcionando corretamente. Com produção prevista para iniciar em novembro, a carroceria Viale BRT, fabricada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, tem custo estimado entre R$ 300 mil e R$ 320 mil.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Prefeitura de Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Gravataí e Santa Maria preparam seus projetos do PAC Mobilidade

25/07/2012 - Jornal do Comércio

Depois do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, na semana passada, que destinará R$ 7 bilhões a 75 munícipios com população entre 250 mil e 700 mil habitantes, as cinco cidades gaúchas enquadradas nesta faixa planejam uma semana de definições. Secretários, grupos de trabalho e técnicos das prefeituras de Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Gravataí e Santa Maria terão uma série de reuniões, a partir de hoje, para acertar os detalhes que envolvem as inscrições dos projetos e o envio da carta-consulta, recebida até o dia 31 de agosto pelo Ministério das Cidades. A pré-seleção ocorre entre setembro e outubro, e o resultado final será divulgado no dia 29 de novembro.

A nova modalidade, anunciada na quarta-feira, prevê apenas obras que tragam benefícios específicos ao transporte coletivo. Para alguns secretários, esta é “uma chance única” para tirar do papel demandas antigas e projetos já existentes. É o caso de Canoas, onde serão encaminhados dois projetos, número máximo permitido para cada cidade. O primeiro é de um corredor de ônibus na avenida Rio Grande, que corta o bairro Mathias Velho, em direção à estação do Trensurb. Outra possibilidade, de acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Luiz Carlos Bertotto, é a construção de uma ou duas linhas de aeromóvel, ligando a mesma estação aos bairros Mathias Velho e Guajuviras. “Apesar de exigir um maior aporte, superior a R$ 100 milhões, o aeromóvel tem a vantagem de não interferir no trânsito e ainda traz um incremento na qualidade do transporte para os dois bairros mais populosos de Canoas, sem a necessidade de desapropriações. É uma obra muito rápida e fácil”, resume.

Para o secretário-executivo da Unidade de Projetos de Pelotas, Jair Seildel, a meta é a qualificação do transporte coletivo por meio da ampliação e abertura de novos corredores e terminais. Um projeto orçado em R$ 36 milhões deve ser ampliado para atingir novas áreas da cidade. O município instalou grupos técnicos que começam a discutir o novo modelo a partir de hoje.

A prefeitura de Gravataí deve aproveitar um levantamento sobre a análise topográfica de mais de 30 ruas, que visa à pavimentação das vias para proporcionar a circulação de novas linhas de ônibus municipais. Segundo o secretário de Coordenação e Planejamento, Cláudio Santos, a contratação da análise custou R$ 400 mil e, após a entrega do documento, prevista para agosto, será possível chegar aos valores reais dos projetos de pavimentação e infraestrutura.


Em Santa Maria, o secretário de Relações de Governo e Comunicação, Giovani Manica, afirma que a cidade possui alguns problemas de mobilidade em razão da grande extensão latitudinal, de 30 km urbanos, entre a zona Leste e a zona Oeste - cerca de 20 km necessitam de duplicação imediata para comportar o tráfego. O munícipio estuda a implantação de um sistema de transportes por Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). No entanto, ele diz que ainda não é possível precisar a previsão orçamentária. O levantamento não ficará pronto em tempo hábil para o envio das cartas consultas. Uma reunião realizada na sexta-feira e outros encontros programados devem encaminhar a estratégia.

Caxias do Sul espera figurar entre as contempladas com os recursos
Com projetos em estágio avançado, o ex-secretário de Planejamento e atual titular da Habitação da prefeitura de Caxias do Sul, Paulo Dahmer, afirma que o munícipio está preparado para receber os recursos. Mesmo com a necessidade de cumprir as duas etapas prévias, antes do anúncio das contempladas, ele relembra a necessidade de adequação a alguns critérios. Como os valores anunciados, não são a fundo perdido, e sim para financiamento, com carência de quatro anos e prazo de 20 anos para o pagamento, antes de enviar a carta-consulta, é preciso avaliar a capacidade de endividamento. “Já consultamos a secretária de Gestão e Finanças e temos totais condições”, revela.

Outro aspecto avaliado pelo Ministério das Cidades para a liberação dos recursos pelo PAC Mobilidade será a regularidade da situação das linhas de ônibus. Locais com licitações já encaminhados para a contratação de empresas levam vantagem. “Com o já temos isso no munícipio e também a bilhetagem eletrônica, acreditamos que temos plenas condições de figurar entre as contempladas”, antecipa o secretário.

Por isso, a cidade deve adaptar a necessidade de construção de dez estações de transbordo. Duas delas já estão em andamento, uma na zona Leste e outra na zona Oeste. A ideia é interligar os pontos com ônibus especiais, e o objetivo é reduzir o tempo de deslocamento e a quantidade de ônibus que circulam no Centro da cidade de 180 para 50 por hora. “Vamos avaliar a necessidade de recuperação dos corredores especiais. Cada estação tem um custo médio de R$ 4,5 milhões. No entanto, existem regiões que demandam estações menores. Temos de avaliar quantas estações serão incluídas no projeto que apresentaremos”, revela Drahmer

sábado, 4 de agosto de 2012

Projetos originais de mobilidade urbana sofrem alterações

01/08/2012 - G1

Dezesseis das 51 obras de mobilidade urbana previstas para a Copa do Mundo de 2014 foram modificadas na Matriz de Responsabilidades.

A atualização foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. Entre as 16 mudanças, 13 foram nos valores das obras. Em comparação com a última atualização de mobilidade feita na Matriz, em abril, o investimento total no setor passou de R$ 11,35 bilhões para R$ 12,05 bilhões - crescimento de mais de 6%.
 
Ao todo, o aumento em mobilidade urbana foi de R$ 698 milhões. O valor investido pelo governo federal, por meio de financiamento, permanece o mesmo: R$ 7,38 bilhões. No entanto, os investimentos dos governos locais (estaduais e municipais) subiram de R$ 3,96 bilhões para R$ 4,66 bilhões.
 
A cidade com o maior número de alterações foi Porto Alegre. Das 10 obras de mobilidade urbana previstas na Matriz para a capital gaúcha, oito sofreram mudanças no valor em comparação com o documento de abril. O investimento do governo local no setor passou de R$ 65,8 milhões para R$ 381,1 milhões.
 
Além das alterações nos custos, as obras de mobilidade em Porto Alegre também sofreram modificações nos prazos de entrega. As oito obras previstas inicialmente para ficarem prontas em dezembro de 2013 agora contam com previsão de conclusão para maio de 2014, apenas um mês antes do início da Copa do Mundo.
 
Já a obra com maior alteração no valor em relação a Matriz de abril foi a Transcarioca, no Rio de Janeiro. O custo do BRT (Bus Rapid Transit) que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão passou de R$ 1,61 bilhão para R$ 1,88 bilhão - aumento de R$ 271 milhões. O governo local será responsável por arcar com a diferença.
 
Além das mudanças nas obras de Porto Alegre e do Rio de Janeiro, também foram modificadas na Matriz três intervenções de mobilidade urbana em Belo Horizonte, duas em Curitiba, uma em Cuiabá e uma em Manaus.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

PAC da Mobilidade dará R$ 7 bi a 75 cidades, 22 em SP

19/07/2012 - O Estado de São Paulo

O governo anuncia hoje investimentos de R$ 7 bilhões em mobilidade urbana para 75 cidades de médio porte, com população entre 250 mil e 700 mil habitantes. Ao todo, 22 cidades paulistas serão contempladas com obras como metrô, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus para melhorar a infraestrutura de transporte de massa. 

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, como vem sendo chamado, beneficiará municípios em 18 Estados. A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar os recursos em reunião com os prefeitos. Eles terão de apresentar projetos ao Ministério das Cidades. 

O Estado procurou parte dos municípios paulistas da lista. Em São José do Rio Preto, os recursos pleiteados servirão para obras de R$ 330 milhões, incluindo a construção de 4 grandes viadutos, 12 corredores preferenciais para ônibus e 22 miniterminais integrados com a instalação de ciclovias e bicicletários. 

A Prefeitura de Jundiaí vai apresentar um projeto para integração de modais na cidade, que prevê construção de um VLT e a adoção do BRT (Bus Rapid Transit), sistema de ônibus por corredor segregado. O prefeito Miguel Haddad (PSDB) quer integrar o VLT, o BRT e os ônibus convencionais. Outras cidades, como Osasco, informaram que já têm propostas, mas não podiam detalhar os planos.

Verbas. O reforço no orçamento para mobilidade urbana ocorre em um momento em que o governo federal mostra dificuldades em executar o orçamento para o setor. Levantamento feito pela ONG Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), mostra que, do orçamento de R$ 2,1 bilhões para 2012, só 3% - ou R$ 64,8 milhões - foram de fato desembolsados. Apenas 15,5% do montante (R$ 324,9 milhões) foi empenhado de janeiro a junho. 

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, informou que a pasta vem melhorando a execução orçamentária e já empenhou R$ 10,3 bilhões do orçamento de R$ 22,7 bilhões previstos para este ano - que deverá ser usado. Ele admite atrasos "fortuitos" nas obras da Copa-14. 

Clima. O governo vai lançar outro PAC, destinado à prevenção de catástrofes. Os investimentos, ainda não definidos, vão contemplar obras de contenção de encostas e drenagem. 

    

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Governo altera prazos e investimentos de 16 projetos de mobilidade

29/07/2012 - Portal 2014

No total, seis cidades-sedes tiveram algum tipo de mudança; só Porto Alegre tem oito

BRT Cristiano Machado, segundo a Matriz, vai custar R$ 135,3 milhões (crédito: Sylvio Coutinho)

O Gecopa (Grupo Executivo da Copa), conjunto de ministérios que coordena os preparativos para a Copa de 2014, realizou nesta segunda-feira (30) mais uma alteração na Matriz de Responsabilidades. A atualização, publicada no Diário Oficial da União (DOU), traz mudanças em 16 das 51 obras de mobilidade urbana previstas para a Copa 2014.

No total, seis cidades-sedes tiveram algum tipo de alteração, seja no prazo de conclusão ou no investimento: Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Porto Alegre e Rio de Janeiro. A capital gaúcha é responsável por metade das mudanças, com oito novos prazos e investimentos. 

Com exceção de duas obras --Corredor Avenida Tronco e Monitoramento dos 3 Corredores--, todas as intervenções relativas à mobilidade da cidade serão concluídas apenas em maio de 2014, a um mês da abertura do Mundial. O investimento do governo local nas obras de mobilidade passou de R$ 65,8 milhões para R$ 381,1 milhões. 

Belo Horizonte, com oito obras previstas até a Copa, teve três mudanças. O BRT Antônio Carlos/Pedro I será concluído cinco meses depois da última previsão, passando de maio para outubro de 2013. O mesmo ocorrerá no Corredor Pedro II. No BRT Cristinao Machado, a alteração foi no investimento: de 52,6 milhões para 135,3 milhões.

Das nove intervenções de Curitiba, duas terão investimentos maiores. A requalificação do Corredor Marechal Floriano passou de R$ 30,3 milhões para R$ 57,3 milhões. A obra das Vias de Integração Radial Metropolitanas, por sua vez, custarão 58,4 milhões, com acréscimo de R$ 21,9 milhões.

Cuiabá, Manaus e Rio de Janeiro sofreram uma mudança cada. No Mato Grosso, o investimento na obra Corredor Mário Andreazza passou de R$ 32,6 milhões para R$ 46 milhões. Na capital amazonense, a mudança ocorreu na data de início dos trabalhos, que estavam previstos para dezembro de 2011. Já no Rio, a conclusão do BRT Transcarioca será em dezembro de 2013, com um mês de atraso em relação à última previsão.

Mudanças
A primeira versão da matriz é de janeiro de 2010. À época, o Ministério do Esporte informou que o objetivo do documento era evitar o descontrole orçamentário dos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando o governo federal teve que assumir os gastos da prefeitura carioca e do governo do Rio.

A matriz lista o valor, o cronograma e o responsável pelas obras de transporte e de estádios em cada uma das 12 cidades-sede do Mundial. O documento teve, então, que ser revisto em setembro de 2011, porque os prazos e orçamentos não foram cumpridos. 

Na nova revisão, o aumento do investimento em mobilidade urbana foi de R$ 698 milhões. O valor empregado pelo governo federal, porém, não mudou: R$ 7,38 bilhões. Já o custo para as esferas estadual e municipal subiu de R$ 3,96 bilhões para R$ 4,66 bilhões.

terça-feira, 31 de julho de 2012

PAC Médias Cidades não exige planos municipais de mobilidade

31/07/2012 - Mobilize

Governo federal lança PAC Mobilidade Médias Cidades, sem nenhuma ligação com planos municipais de mobilidade urbana
Publicado por admin no dia 31 de julho de 2012
Por Lincoln Paiva*

Começou a vigorar em abril passado a lei nº 12.587/2012, de Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em janeiro pela presidente Dilma. A nova lei dá prioridade a meios de transporte não motorizados e aos serviços públicos coletivos, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano. Também exige que municípios acima de 20 mil habitantes elaborem um plano de mobilidade para ser integrado ao plano diretor, sob pena de perderem recursos públicos federais com prazo máximo de três anos.
 
Ocorre que as cidades acima de 500 mil habitantes já eram obrigadas a apresentar um plano semelhante, mas o governo nunca solicitou um plano de mobilidade como um fator determinante para obtenção de verba do PAC Mobilidade.
 
Na apresentação da ministra Miriam Belchior (Planejamento) sobre fatores determinantes para pleitear verba do PAC Mobilidade Médias Cidades, não há uma só linha sobre a importância de apresentar um projeto que esteja alinhado com o Plano de Mobilidade do município, embora 14 cidades acima de 500 mil habitantes da lista de cidades habilitadas para o PAC, sejam obrigadas a fazê-lo.
 
O fato é que a lei de Mobilidade Urbana, já nasceu fadada ao fracasso, uma vez que o governo federal na prática distribui verba para cidades Médias e Grandes sem garantir que a verba será utilizada obedecendo a um plano de mobilidade do município. São raríssimas as cidades que possuem um plano de mobilidade urbana, e quando o tem, pouquíssimos foram de fato discutidos com a sociedade.
 
Por que é importante ter um Plano de Mobilidade nas cidades ? Ele é um conjunto de cenários micro e macro-econômicos e diretrizes baseadas na projeção do crescimento econômico e demográfico de uma cidade, e que vai possibilitar o seu crescimento e desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma adequada com os sistemas de transportes e serviços públicos. Deverá ser condizente com a realidade que o país atravessa, para que os cidadãos possam ter acesso a bens e serviços por meio de um sistema de transporte público e privado adequados, com menos impacto negativo, possibilitando melhor qualidade de vida aos cidadãos.
Os Planos de Mobilidade devem ser discutidos previamente com a população, de forma integrada ao Plano Diretor.
 
Um Plano de Mobilidade evita que recursos federais sejam utilizados em obras eleitoreiras, sem alinhamento com as necessidades da população. E as melhores cidades do mundo para se viver têm planos de Mobilidade a longo prazo, tais como a maioria das cidades europeias.
 
Falta de planejamento e desperdício
Matéria publicada no The New York Times desta semana, revela que a cultura latinoamericana é contra criar os filhos dos outros…Isso é evidente nas políticas públicas das cidades: como não existe um plano de longo prazo feito com a população, políticos engavetam projetos e planos das administrações anteriores e os recursos são desperdiçados em projetos pontuais sem nenhuma integração.
 
O governo latino gosta de “carimbar” a sua administração através de obras de infraestrutura e não gosta de planejar. Isso é fato. As cidades latinas simplesmente acontecem e os “filhos” ficam abandonados. Esta é uma triste realidade e tremendo desperdício de recursos e continuará sendo um enorme desafio para as cidades brasileiras.
 
* Lincoln Paiva,
 Especialista em Mobilidade Urbana e Presidente do instituto Mobilidade Verde

sábado, 21 de julho de 2012

Presidenta Dilma deve lançar amanhã PAC Mobilidade para cidades

18/07/2012 - R7 

Agência Estado

Brasília - A presidente Dilma Rousseff deverá anunciar, nesta quinta-feira, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, de acordo com informações do Ministério das Cidades divulgadas na tarde desta quarta-feira. O ministério destaca que o programa irá beneficiar 75 municípios de todo o País. O lançamento está programado para ocorrer às 11 horas no Palácio do Planalto, em Brasília.

O PAC Mobilidade destinará cerca de R$ 7 bilhões para cidades com menos de 700 mil habitantes e mais de 250 mil, ou para governos estaduais, com a aprovação dos municípios envolvidos. A liberação será por meio de financiamento, e as localidades deverão apresentar projetos de mobilidade urbana, que passarão por um processo seletivo para receber os recursos.

PAC Mobilidade Médias Cidades será lançado com R$ 7 bi para infraestrutura

18/07/2012 - Agência Brasil

A presidente da República, Dilma Rousseff, vai lançar nesta quinta-feira (19/7), às 11h, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades. A medida vai liberar R$ 7 bilhões por meio de financiamento público e beneficiará 75 municípios com menos de 700 mil habitantes e mais de 250 mil.

O governo vai apresentar as regras do processo seletivo dos municípios, que deverão elaborar o projeto executivo para obras como construções de estações e linhas de metrô, aquisição de veículo leve sobre trilho (VLT) e construção de corredores de ônibus.
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Cada município pode apresentar até duas propostas. A inscrição deverá ser feitas por meio de formulário eletrônico, disponível na página eletrônica do Ministério das Cidades a partir do dia 23 de julho até o dia 31 de agosto. As cidades selecionadas serão divulgadas no dia 30 de novembro.

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De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 75 cidades estão distribuídas em 18 estados brasileiros, 51% estão em regiões metropolitanas. Serão beneficiadas cidades como Joinvile, em Santa Catarina, Uberaba e Juiz de Fora, em Minas Gerais, Ribeirão Preto e Sorocaba em São Paulo, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro e Olinda e Caruaru, em Pernambuco.

Governo vai lançar programa para mobilidade urbana

18/07/2012 - Valor Econômico

Decidida a mobilizar o setor público e a iniciativa privada para destravar os investimentos no país e combater os efeitos da crise financeira internacional, a presidente Dilma Rousseff lançará uma versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para impulsionar a execução de projetos de mobilidade urbana em cidades de médio porte, de 200 mil a 700 mil habitantes.
O anúncio, agendado para amanhã, deve beneficiar 76 municípios de 18 Estados. Dilma cobrará dos prefeitos a apresentação de projetos na área, os quais serão selecionados num processo coordenado pelo Ministério das Cidades que se encerrará em novembro, após a disputa eleitoral.

A intenção do governo, ao anunciar o programa em uma reunião com os prefeitos, é tentar garantir que os projetos sejam bem elaborados, para evitar que as obras dos empreendimentos sejam paralisadas. Na visão do Executivo, a falta de solidez de alguns projetos é uma das principais responsáveis pelas dificuldades na execução de obras país afora.

Além do Ministério das Cidades, o Ministério do Planejamento também está envolvido na coordenação da formatação do pacote e na definição se os projetos serão feitos com financiamento público, verbas do Orçamento da União ou contrapartidas de Estados e municípios. A expectativa do governo é que sejam cadastrados pelos prefeitos propostas para a construção ou ampliação de corredores de ônibus, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e até linhas de metrô.

Em abril, o governo anunciou o resultado da seleção do PAC da mobilidade urbana voltado a cidades com mais de 700 mil habitantes. Foram contemplados 51 municípios de 18 Estados, os quais apresentaram ao governo projetos que envolvem R$ 32 bilhões em investimentos.

Algumas dos desembolsos federais já haviam sido anunciadas, como recursos para os metrôs de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza e a melhoria dos sistemas de transporte público de Recife e do Rio. Na ocasião, o governo informou que os empreendimentos demandariam a construção de 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, aproximadamente 380 estações e terminais, 200 quilômetros de linhas de metrô e a aquisição de cerca de mil veículos sobre trilhos.

O PAC da mobilidade urbana para cidades de médio porte faz parte dos esforços para elevar o nível de investimento no país. Em outro front, o governo desenha novos modelos para conceder à iniciativa privada aeroportos, portos, ferrovias e rodovias. Também está em fase final de formulação um programa de prevenção de desastres naturais, que contemplará cerca de 200 cidades. A ideia do governo é executar o programa antes do fim do ano.

Ônibus rápidos ganham espaço nas cidades

18/07/2012 - Valor Econômico, Daniel Rittner

Com avanço muito lento em seus projetos de transporte coletivo, as grandes cidades brasileiras estão optando por uma alternativa mais barata e que pode tomar apenas um terço do tempo necessário para a implantação de novas linhas de metrô, mas duramente questionada como solução de longo prazo. De qualquer forma, a expansão dos sistemas rápidos de ônibus - conhecidos pela sigla em inglês BRT - já se torna uma realidade no Brasil: 30 projetos em 15 cidades diferentes estão previstos para sair do papel nos próximos anos, com investimentos de R$ 10,7 bilhões só em obras civis.
A rapidez na construção dos BRTs, uma versão inspirada no modelo adotado por Curitiba nos anos 70, já movimenta a indústria de carrocerias de ônibus e chama a atenção de empreiteiras. Além dos investimentos em obras, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) prevê desembolsos de até R$ 8 bilhões em equipamentos, a fim de atender à demanda pelos corredores.
Ao contrário dos metrôs, que têm esbarrado na lentidão de seus planos de expansão, os projetos de BRT vêm ganhando velocidade. Sete capitais estão com obras em andamento - Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Curitiba e Belém - e devem inaugurar 252 km de corredores exclusivos até 2014. Outros projetos ambiciosos estão a caminho.
"A grande vantagem do BRT é que são obras e sistemas operacionais relativamente simples", afirma o diretor-superintendente da NTU, Marcos Bicalho. Para ele, o sistema entrou na moda graças ao sucesso do Transmilenio, a rede integrada de ônibus construída em Bogotá na década passada. Hoje, segundo Bicalho, cerca de 80 cidades no mundo operam BRTs.
A velocidade média do sistema varia muito em cada localidade, mas chega facilmente a 25 km/h e tem dobrado o ritmo dos ônibus onde foi implantado. Bicalho destaca, no entanto, o prazo mais curto das obras. "Em 24 meses, dá para sair do zero e entrar em operação, incluindo a elaboração de projetos", diz. Já o tempo médio de construção de uma nova linha de metrô chega a nove anos.
Para o professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do departamento de engenharia de transportes e geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse é justamente um dos fatores que mais têm pesado a favor da escolha dos BRTs pelos administradores públicos. Apesar de ressaltar que qualquer investimento em transporte coletivo é bem-vindo, ele vê exagero na sua capacidade de resolver os problemas de mobilidade nas grandes cidades.
"Infelizmente, a nossa classe política é muito imediatista. Os dirigentes optam pelo BRT, porque é o que cabe no mandato deles", diz. Para ele, há um movimento de resgate dos investimentos em transportes sobre trilhos nas capitais, que exigem mais planejamento, e os sistemas rápidos de ônibus "surgem como um contra-ataque do setor rodoviário para não perder espaço". "É um movimento velado. Mas ver o BRT como solução definitiva para a mobilidade urbana é uma completa idiotice."
Algumas cidades que já tinham projetos prontos e financiamentos aprovados para a construção de BRTs, como Salvador e Cuiabá, mudaram suas decisões. Em Salvador, o sistema foi trocado uma nova linha de metrô na avenida Paralela, que ainda não foi licitada e ficará pronta apenas depois da Copa do Mundo de 2014. Em Cuiabá, a opção pelo veículo leve sobre trilhos (VLT) aumentou o custo do projeto em 248%, de R$ 424 milhões para R$ 1,477 bilhão. Além disso, o contrato assinado no mês passado prevê a entrega das obras a poucos dias do evento esportivo.
Nos dois casos os governos estaduais argumentam que o sistema de ônibus seria insuficiente para atender à demanda e que só os sistemas escolhidos podem ser vistos como solução duradoura. Para o professor da UFMG, outros projetos de corredores de ônibus estão com a demanda subdimensionada e podem iniciar suas operações já saturados, como o Antônio Carlos-Pedro I, em Belo Horizonte.
"A partir de certa demanda, a solução mais adequada pode se tornar a metroferroviária. A chave é olhar o número de passageiros e a projeção de crescimento", diz o presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena. Para ele, quando a demanda atinge em torno de 20 mil passageiros por hora/sentido, os sistemas rápidos de ônibus deixam de ser a solução mais adequada. "O mais importante é que o Brasil vive uma oportunidade única de mudar a forma e o gerenciamento do transporte público. E os melhores exemplos internacionais foram vistos onde há autoridades metropolitanas encarregadas de planejar, implantar e fiscalizar a malha de transportes."
A Odebrecht Transport acaba de fazer sua primeira incursão no mundo dos BRTs. Esse braço da empreiteira já atua em dois empreendimentos de mobilidade urbana: como acionista da ViaQuatro (operadora da linha 4 do metrô de São Paulo) e como controladora da SuperVia (trens suburbanos no Rio). No mês passado, em um consórcio também formado por CCR e Invepar, a Odebrecht assinou contrato com a Prefeitura do Rio para construir e operar o corredor expresso Transolímpica.
A obra faz parte do pacote de investimentos para a Olimpíada de 2016 e prevê 13 km de novas vias, com uma faixa exclusiva para os ônibus do sistema BRT. O consórcio fará a operação somente da via expressa e não do corredor de ônibus, mas a Odebrecht não descarta essa possibilidade em futuros empreendimentos do gênero. "Em outras capitais, avaliamos também a operação dos BRTs, desde que seja algo integrado a outros modais de transportes", diz Cesena.
Para a indústria de carrocerias, o impacto já se faz sentir e a previsão é de mudança no perfil das encomendas, mesmo sem aumentar as vendas totais. A Caio Induscar, que detém 40% do mercado de ônibus urbanos, calcula que a entrega de veículos destinados a corredores de BRTs pode chegar a 300 unidades neste ano.
"Até 2014, podemos alcançar 2 mil ou 3 mil unidades", prevê o diretor industrial da empresa, Maurício Cunha, demonstrando o ritmo de proliferação desse sistema no país. Ele acredita, no entanto, que a produção total deverá manter-se em cerca de 9 mil ônibus - a produção registrada em 2011. "Não haverá uma demanda nova, mas uma migração da demanda que já existe."
Na semana passada, a Caio iniciou a demonstração da segunda versão do Millenium BRT, um veículo fabricado especialmente para os novos corredores. O primeiro modelo, com chassi Volvo biarticulado sem ar-condicionado, começou a rodar em São Paulo, mas em corredores convencionais.
A nova versão traz novidades típicas da modernidade que cerca a operação dos BRTs: entra o ar-condicionado, muda a forma de fixação das poltronas, o design fica mais arrojado, a cabine para o motorista tem melhor acabamento, o sistema de iluminação é mais amplo. A tendência é ter também um custo maior: a diferença de preço entre um ônibus articulado convencional e um de BRT gira em torno de 20%.

domingo, 1 de julho de 2012

Comil fornece 100 ônibus para transporte de operários da usina Belo Monte

30/06/2012 - Canal Transporte

Consórcio Construtor Belo Monte adquiriu 100 ônibus para transporte de trabalhadores

A Comil fechou mais um negócio de peso no Norte do país. O CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte) adquiriu recentemente 100 ônibus para transporte dos trabalhadores da obra para a construção da Hidrelétrica Belo Monte, em Altamira, no Pará.

Ônibus - Todos os ônibus Comil adquiridos pela CCBM são do modelo urbano Svelto, com chassis Mercedes-Benz. De acordo com a fabricante gaúcha, o investimento do cliente na compra foi de R$ 21 milhões.

Os primeiros 20 ônibus dessa venda já foram entregues pela Comil e começaram a circular no começo do mês. De acordo com a empresa, até novembro o CCBM deve receber o restante dos veículos.

Os novos ônibus Comil Svelto irão transportar os operários do consórcio até a obra e entre os três canteiros montados na região do Xingu. Para se ter uma ideia, o CCBM prevê a circulação de 12 mil trabalhadores até dezembro e de 23 mil em 2013.

domingo, 17 de junho de 2012

Marcopolo apresenta o primeiro modelo BRT com tração híbrida

15/06/2012 - Marcopolo

Veículo é equipado com motores 100% biodiesel e elétrico

Caxias do Sul(RS), 14 de junho de 2012 - A Marcopolo, uma das principais empresas mundiais no desenvolvimento de transporte público terrestre, apresenta na Rio+20 o primeiro modelo Viale BRT com tração híbrida (biodiesel/elétrica). O veículo, protótipo, está no estande da cidade de Curitiba na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que se realiza de 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo Paulo Corso, diretor comercial da Marcopolo para o mercado brasileiro, o projeto do Viale BRT Híbrido é baseado na tendência internacional de pesquisa por alternativas que permitam a mobilidade veicular com preservação do meio ambiente.

O novo Viale BRT constitui-se no mais avançado estágio da tecnologia híbrida. É equipado com conjunto propulsor formado por um motor elétrico de 160 cv de potência, que utiliza baterias de íon de lítio e também dispõe de motor 100% biodiesel de 215 cv. Os propulsores estão instalados na parte traseira do veículo, o que contribui para melhor distribuição de pesos e conforto para os passageiros.

“O arranque é feito pelo motor elétrico até a velocidade de 20 km/h e sua energia é fornecida pelas baterias de lítio. Depois disso, o ônibus funciona em paralelo com o motor a biodiesel e o elétrico em sintonia. A energia para o elétrico é fornecida pelo sistema de regeneração dos freios e ainda pelo gerador interno acoplado no próprio motor elétrico. Outro detalhe é que a cada parada do ônibus, seja em semáforos ou em pontos, o motor diesel se desliga automaticamente, religando somente após o veículo alcançar velocidade maior que 20 km/h”, explica Corso.

Com 12.455 mm de comprimento, o Viale BRT Híbrido tem capacidade para transportar 76 passageiros, sendo 27 sentados e 49 em pé. O modelo é equipado com transmissão automática, poltronas com encosto de cabeça, descansa-braços e descansa-pés, três lixeiras no salão de passageiros, sirene de marcha à ré e sistemas de gerenciamento de frota e de iluminação interna em LEDs. Conta ainda com sistema de acessibilidade com elevador e espaço para cadeira de rodas com cinto de segurança de três pontos.

“Diversos estudos mundiais indicam a necessidade de utilização de ônibus modernos, confortáveis, silenciosos, eficientes e que gerem o mínimo possível de custos e de impactos ao meio ambiente. O Viale BRT Híbrido proporciona todos estes atributos para os usuários”, destaca.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável é o maior evento destinado à importância da preservação ambiental e deverá contribuir para definir a agenda dos programas para as próximas décadas. O encontro tem como objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

sábado, 16 de junho de 2012

Brasil poderá ter frota de ônibus movido a hidrogênio até a Copa de 2014, diz cientista da UFRJ

14/06/2012 - Agência Brasil, Por Vladimir Platonow

Foto: Coppe/UFRJ

O Brasil poderá ter uma frota de ônibus movida a combustível limpo – sem emissão de gases poluentes – rodando nas capitais já durante a Copa de 2014. Os veículos híbridos serão movidos a hidrogênio e baterias elétricas, emitindo apenas vapor de água.

A expectativa é do cientista Paulo Emilio de Miranda, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O lançamento da segunda versão do protótipo, criado por ele e sua equipe, ocorreu hoje (13) na Rio+20.

A autonomia do ônibus desenvolvido pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe é 500 quilômetros, suficiente para um dia de operação urbana, podendo ser recarregado no período da noite quando não estiver em operação. O veículo tem capacidade para 70 passageiros e vem sendo desenvolvido desde 2005. O projeto já recebeu investimentos de R$ 15 milhões.
Miranda disse que o uso do hidrogênio como combustível é uma tendência irreversível em todo o mundo e o Brasil domina a tecnologia com a possibilidade de ser imediatamente comercializável. “Já é um protótipo pré-comercial, não é mais um desenvolvimento laboratorial. O que falta para ele ser comercial é utilizá-lo.”

Segundo o cientista, os motores a hidrogênio já estão sendo usados em outros países, principalmente na Europa e no Japão. “Em 2006 a Europa fez um grande experimento de uso público de ônibus a hidrogênio, com 30 veículos em dez cidades, durante dois anos. E há um mês eles lançaram um novo ônibus a hidrogênio.”

Miranda sustenta que o modelo brasileiro é superior, pois tem maior autonomia e menor custo por quilômetro rodado. O primeiro ônibus europeu consumia 25 quilos de hidrogênio por 100 quilômetros rodados. O atual consome 14 quilos por 100 quilômetros rodados, e o brasileiro usa 5 quilos para a mesma distância.

“O grande diferencial do nosso ônibus, em relação a outros que foram desenvolvidos no mundo, é que o nosso sistema é híbrido. A tração é elétrica, e quando está rodando tem mais duas fontes de energia: uma é a pilha combustível, que gera energia a bordo, e a outra é a regeneração da energia cinética do movimento em energia elétrica, quando freamos ou desaceleramos.”

O valor de produção do protótipo foi R$ 1 milhão, mas o cientista acredita que o custo vá baixar no futuro com a produção em escala e o apoio público nas compras. O pesquisador acredita que o uso do hidrogênio como combustível é inexorável.

“Hoje em dia a forma menos custosa de produzir hidrogênio é por meio da reforma a vapor do gás natural. Ele também pode ser produzido em larga escala a partir de biogases, como rejeitos da agricultura, esgoto humano e animal. Além disso, uma das formas mais conhecidas de se produzir hidrogênio é com a eletrólise da água e o Brasil, que é abundante em água, tem todas as condições de se tornar um grande produtor de hidrogênio.”

 

sábado, 2 de junho de 2012

População poderá acompanhar desenvolvimento do sistema BRT no Brasil

01/06/2012 - CNT

NTU lança site e perfis em redes sociais para incentivar acompanhamento de obras do sistema de Transporte Rápido por Ônibus

Logo do BRT Brasil
créditos: Divulgação

O Brasil tem investido cada vez mais no transporte coletivo. Com a aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o país percebeu a necessidade de melhorar um sistema que já não consegue mais atender à crescente demanda da população.
 
Assim, o sistema BRT (Bus Rapid Transit) recebeu destaque e conta com grandes investimentos do Governo Federal. A partir desta quinta-feira (31), a população ganha um importante aliado para acompanhar o desenvolvimento desse modelo.
 
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) acaba de lançar um site que vai divulgar o programa BRT Brasil, iniciativa que tem como objetivo garantir o sucesso dos novos sistemas em implantação ou revitalização no país, e acompanhar a operação após a conclusão das obras.
 
Além do site, a NTU criou também uma página no Facebook e um perfil no Twitter. A intenção é estabelecer um canal aberto com as pessoas que utilizam diariamente o transporte público. Os interessados em participar desse processo podem enviar sugestões sobre o andamento das obras, fotos, vídeos e assuntos de interesse sobre sistemas BRT.
 
A partir da interação com o público, e coletando importantes informações sobre o sistema, será possível se basear de forma qualitativa e quantitativa para a cobrança de melhorias do poder público.
 
Bus Rapid Transit
 
O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema de transporte coletivo de passageiros que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável, segura e eficiente por meio de infraestrutura segregada, com prioridade de ultrapassagem e a utilização de faixas exclusivas para ônibus.
 
Criado em 1974 pelo arquiteto e na ocasião prefeito da cidade, Jaime Lerner, em Curitiba, no Paraná, as mudanças transformaram a capital em uma cidade de sucesso urbano, renomada em todo mundo.
 
Junto ao BRT vieram projetos sociais inovadores, zonas de pedestres e espaços verdes. Atualmente, 15 cidades somam 36 projetos que priorizam o transporte urbano por ônibus. As cidades de Goiânia, Uberlândia, Curitiba e Porto Alegre já contemplam o BRT e terão os seus sistemas revitalizados, tudo com a ajuda de dois programas federais:
 
o PAC da Mobilidade Urbana e o PAC Mobilidade Grandes Cidades, que buscam soluções para o transporte público.
 
Se bem elaborados e operados, esses sistemas se tornarão exemplos concretos de mobilidade urbana sustentável para que outras cidades possam se inspirar e implantar a solução.
 
Participe do projeto:
Site BRT Brasil
Página do Facebook
Também é possível contribuir pelo e-mail brtbrasil@ntu.org.br
 
Com informações da Assessoria da NTU

Fonte: CNT, Por Aerton Guimarães

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Obras de mobilidade urbana vão beneficiar Municípios de Regiões Metropolitanas

02/02/2012 - Plantão News

No próximo dia 29 de fevereiro será divulgada a seleção de projetos e obras em mobilidade urbana que receberá recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac) 2. As propostas serão apoiadas por meio de financiamento e/ ou repasse. A seleção será feita pela Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob) do Ministério das Cidades, conforme determina a Portaria número 48, de 30 de janeiro de 2012.
O objetivo de programa é melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras através de investimentos integrados no sistema de transporte público coletivo. As cidades contempladas inicialmente são:

a. Municípios-sede de Regiões Metropolitanas com mais de 3 milhões de habitantes e o Distrito Federal;
b. Municípios entre 1 e 3 milhões de habitantes, e
c. Municípios entre 700 mil e 1 milhão de habitantes.
O proponente deve atentar para a seguinte sequência de procedimentos para cadastramento correto das propostas: imprimir e ler as orientações da Cartilha de Orientação aos Proponentes do PAC Mobilidade Grandes Cidades; atentar para as recomendações das Diretrizes Gerais para o PAC Mobilidade Grandes Cidades e critérios técnicos para seleção das propostas instituídos pela Portaria número 65, de 21 de fevereiro de 2011.
Finalmente, deve acessar o Formulário de Cadastro de Proposta do PAC Mobilidade Urbana e preencher os campos obrigatórios seguindo todas as recomendações da cartilha e do manual.